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27/04/2009

Saúde a distância

Medicina usa as telecomunicações e a informática para realizar consultas online e acompanhar o paciente em tempo real

A rapidez do atendimento e o preparo da equipe médica são fundamentais para salvar uma vida. Is so fica ainda mais evidente quando é necessário transferir um paciente em estado grave de uma cidade do interior para um hospital da capital mais próxima a fim de dar a ele a assistência correta. Mas essa realidade começa a mudar com a chegada da telemedicina a algumas localidades do País.

Esta área da medicina une recursos da informática e das telecomunicações para orientar, de forma interativa, o tratamento. Também se presta à realização de exames (como ultrassom e eletrocardiograma), transmissão de dados e cursos de aprimoramento profissional a distância.

No ano passado, o instrumento foi introduzido nas unidades básicas de saúde de 895 municípios que participam do Projeto Telessaúde em Apoio à Atenção Primária, do Ministério da Saúde.

Eles ficaram conectados a centros de referência de atendimento e hospitais universitários por pontos de telemedicina. Em um ano, essa rede permitiu que fossem realizadas mais de três mil teleconsultas entre médicos. O profissional do posto de saúde da localidade pode pedir ajuda a especialistas para fazer o diagnóstico e in dicar o melhor tratamento.

Um desses encontros ocorreu entre os membros de uma equipe do Programa Saúde da Família de Parintins, a 370 quilômetros de Manaus, e dermatologistas da Universidade Estadual do Amazonas, na capital amazonense. "Examinamos um rapaz e enviamos remédios de Manaus. Antes, ele seria orientado a fazer exames em outra cidade", explica o médico Cleinaldo Costa, coordenador do Núcleo Amazonas de telemedicina.

O especialista está orgulhoso com os resultados que vem obtendo. "O programa de prevenção e tratamento de problemas nos pés dos diabéticos por teleconsulta, por exemplo, evitou que 12 pacientes fossem amputados ou morressem por causa das complicações", diz. Outro efeito positivo é a economia de dinheiro. "Ao todo, 590 doentes deixaram de vir para Manaus. Dependendo da distância, trazê-los gera custos que variam de R$ 9 mil a R$ 25 mil."

A ferramenta de internet que viabiliza as teleconsultas foi criada pela equipe do médico Chao Lung Wen, chefe da disciplina de telemedicina da Universidade de São Paulo e presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.

Mais um recurso desenvolvido por ele é um programa que dá acesso a aulas eletrônicas e informações sobre 19 temas, como drogas, dermatologia e doenças sexualmente trans missíveis. Os cursos são abertos aos profissionais do Programa Saúde da Família e a estudantes do último ano de faculdades da área da saúde. Para tornar esse aprendizado mais interessante, a USP criou o Homem Virtual, uma coleção de imagens tridimensionais das estruturas do corpo.

Nesta semana, Chao e sua equipe apresentarão as soluções encontradas pelo Brasil no Congresso Americano de Telemedicina, em Las Vegas. No entanto, o andamento do projeto esbarra em mazelas brasileiras. "Por causa da troca de prefeitos em 80% dos municípios, e consequentemente de secretários de Saúde, estamos refazendo os pactos com as autoridades locais para a continuidade do trabalho", explica Chao.

No setor privado, muitos hospitais criaram uma linha direta com centros de excelência no Exterior. O Sírio-Libanês, em São Paulo, faz teleconsultas com especialistas do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, nos Estados Unidos, e usa o recurso para educação a distância.

A empresa Dal Ben Home Care utiliza smartphones para acompanhar online os pacientes que precisam de cuidados domiciliares ou têm doenças crônicas. Um profissional de enfermagem de plantão na casa do paciente atualiza constantemente os 105 itens de uma ficha de acompanhamento do doente.

Os dados chegam imediatamente à central da empresa, onde são avaliados por especialistas. "Essas informações servem para a enfermeira supervisora tomar decisões sobre como a pessoa deve ser tratada e para definir quem será visitado com prioridade. É um ganho grande em termos de tempo e eficiência a favor do paciente e de quem presta o serviço", diz a enfermeira Luiza Dal Ben, presidente da empresa.

 


Autor: Mônica Tarantino
Fonte: Isto É Independente

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