Os pacientes com hipertensão têm acompanhamento periódico nos postos de saúde da Capital. Em quarenta e cinco postos, existem grupos de diabéticos e hipertensos. Silenciosa, a doença muitas vezes não apresenta sintomas, mas pode ocasionar problemas sérios, como infartos, cegueira, paralisação dos rins e derrame. Ontem, 26, foi comemorado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 20 milhões de brasileiros são hipertensos, mas um terço deles não sabem.
Para o coordenador do PSF Cruzeiro do Sul, enfermeiro Alex Bittencourt, o grande problema está na dificuldade de convencer os doentes a não abandonarem o tratamento. Na unidade, os pacientes hipertensos têm consultas mensais. Além disso, o posto mantém o grupo Raio de Luz, que reúne idosos da comunidade, quase todos hipertensos. Segundo o enfermeiro, pacientes resistentes ou que esqueciam de tomar a medicação retomaram o tratamento ao ingressarem no grupo, onde participam de ações preventivas de saúde, realizam oficinas de trabalhos manuais e fazem aulas de ginástica e caminhadas semanais.
Com 74 anos, dona Noeli Zenger Terraciano entrou no grupo há cinco anos, após assistir a uma palestra. “Eu gosto muito do trabalho aqui do posto porque os médicos explicam o que a gente não sabe, não entende. Com a ginástica, me sinto muito bem. Eu saio como uma guria de 20 anos”, comemora.
Tratamento – De acordo com a médica de saúde e comunidade do PSF Pitinga, Loren Neves Seibel, o acompanhamento clínico periódico é a receita para o sucesso do tratamento. “O paciente crônico, em geral, é um paciente muito difícil, porque a doença não tem sintomas. Às vezes, a pressão está boa, e o paciente não toma a medicação. É difícil convencê-lo de que ele precisa tomar o remédio durante toda a vida”, explica a médica.
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