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Burocracia e problemas técnicos atrasam pesquisa clínica
 
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22/02/2011

Burocracia e problemas técnicos atrasam pesquisa clínica

Tempo para a aprovação de projetos é o dobro em relação à média de outros países

Um emaranhado de problemas técnicos e burocráticos emperra o desenvolvimento da pesquisa no país. O tempo para a aprovação de projetos é o dobro em relação à média de outros países.

Relatório da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa diz que o país sedia só 1,5% dos estudos clínicos em curso no mundo, apesar de ser procurado pelas multinacionais em razão da qualificação dos cientistas e da diversidade populacional.

Dez pesquisadores ouvidos pela Folha culpam a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) pela lentidão na aprovação dos protocolos. A demora média para um parecer final, dizem, varia de seis a nove meses.

"Projetos são extraviados e pareceres são solicitados a técnicos alheios à pratica médica", relata Morton Scheinberg, pesquisador em reumatologia e imunologia do Hospital Israelita Albert Einstein. A Conep é uma comissão do Conselho Nacional de Saúde.

Ele conta que uma pesquisa sobre um remédio biológico- para tratar dor de pacientes com artrose- ficou nove meses parada. "Na semana em que aprovaram, o resto do mundo encerrou o número de pacientes para recrutamento, ficamos de fora. A própria Conep não respeita as regras impostas por ela."

Já a Conep alega que a demora se dá também por problemas nos projetos de pesquisa, que chegam à comissão inadequados. Quando acontece, são devolvidos aos pesquisadores, que precisam corrigi-los e submetê-los novamente à avaliação.

"Às vezes os protocolos vêm da indústria internacional e não seguem normas brasileiras. Nosso foco é na segurança do sujeito da pesquisa [paciente], não nos acordos econômicos", diz Gysélle Tanous, que coordena a comissão.

Segundo ela, o tempo médio até o primeiro parecer é de 62 dias -a lei define 60. Não dá dados sobre o tempo médio até o parecer final.

Outra queixa dos pesquisadores é o suposto despreparo científico da comissão, que tem 30 membros. Eles avaliaram 530 protocolos em 2010. "Eles reprovam projetos baseados em critérios arbitrários, sem respaldo científico", diz Freddy Eliaschewitz, presidente da comissão de pesquisa da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

Gysélle Tanous reconhece que nem sempre sua equipe consegue avaliar protocolos de pesquisas complexas e inovadoras. Nesses casos, a comissão recorre a consultores e às sociedades médicas.

Autor: Redação
Fonte: Folha.com

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