A Faculdade de Medicina (FM), Câmpus de Botucatu, inaugurou nesta sexta-feira (25) um novo complexo, composto de um setor administrativo, de uma Central de Salas de Aula e de um Centro de Memória e Arquivo. Com investimento da Universidade, em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp), a estrutura alia modernidade e mais conforto aos servidores, alunos e professores da instituição.
Com 5.964 m² de área coberta, os três prédios do complexo foram construídos em 14 meses. O investimento total foi de R$ 9,24 milhões no prédio administrativo e na Central de Salas de Aula. O Centro de Memória e Arquivo custou R$ 575,4 mil. As atuais instalações administrativas da faculdade, que ocupam quase 1.500 m², serão usadas para a ampliação de diversos setores do Hospital das Clínicas, que também passa por processo de expansão, após ser transformado em autarquia da Secretaria de Estado da Saúde, sob gestão da FM.
Funcionarão no primeiro pavimento do novo prédio: Finanças, Recursos Humanos, Comunicações, Diretoria Técnica Acadêmica, Serviço Técnico Acadêmico e Grupo Técnico de Desenvolvimento em Recursos Humanos. No pavimento superior estão dispostas a Diretoria, Vice-Diretoria, Sala da Congregação, Divisão Administrativa, Área de Convênios, Informática, Diretoria de Serviços, Assessorias Jurídica e de Comunicação e Imprensa, além de sanitários feminino e masculino. A mudança para a nova estrutura deverá ser realizada no mês que vem.
“A Faculdade de Medicina passa a ter agora uma estrutura adequada, com uma central de salas de aula separada dos leitos do hospital e um prédio administrativo com a qualidade que os funcionários merecem”, afirmou o vice-reitor no exercício da Reitoria, Julio Cezar Durigan, que participou da inauguração. “Temos um cenário promissor na faculdade e no hospital, agora vinculado à Secretaria de Estado da Saúde.”
O ex-reitor da Unesp Marcos Macari, que deu início ao projeto dessa nova sede, foi homenageado pela direção da faculdade, juntamente com o professor Durigan. “Enquanto fui reitor sempre tive em mente criar um ciclo básico próprio para a graduação da Faculdade de Medicina. Essa é uma meta importante”, afirmou.
Diretor da FM, o professor Sérgio Swain Müller apontou desafios para a faculdade: a implantação da autarquia do HC, a gestão do orçamento (RH, custeio e investimentos), o aperfeiçoamento dos departamentos e serviços e a criação de identidade própria para a faculdade e o hospital, separadamente. “Estamos seguindo outro rumo, com um projeto acadêmico diferente, cuja meta é fazer mais e melhor.”
Acessibilidade
No térreo do complexo inaugurado foram instalados banheiros e catracas adaptados para as pessoas com necessidades especiais. Elevadores facilitarão o acesso do público aos demais setores administrativos da faculdade. A nova sala da congregação, que recebeu o nome de "Mário Rubens Guimarães Montenegro", está equipada com telões de última geração e acústica dentro das normas técnicas recomendadas.
Outra novidade é o sistema digital de votação implantado pela faculdade. A exemplo do que acontece no sistema da Câmara dos Deputados e do Senado, cada membro recebe um aparelho com conexão de rede sem fio com que poderá tornar pública três tipos de decisão: favorável, contrária ou abstenção, com possibilidade de alterar sua escolha antes de confirmar a opção clicando em “OK”. Os resultados preliminar e final poderão ser acompanhados em tempo real por meio de um telão, após serem confirmados pelos controles.
A segurança dos usuários é outro aspecto privilegiado pelo novo projeto do prédio da administração da FM. Além do balcão da recepção mais próximo da entrada, os servidores terão uma entrada exclusiva. O ingresso de funcionários e visitantes será feito com uso de cartões inteligentes. Para evitar falta de espaço para o estacionamento dos servidores da faculdade, estarão disponíveis setenta vagas de estacionamento.
Todo o complexo tem grande capacidade de acomodação de alunos. A primeira parte, atualmente em uso, tem 1.186 m² de área construída, onde haverá 14 salas com capacidade para vinte alunos cada uma, no térreo. O primeiro pavimento contará com quatro salas para sessenta alunos. No segundo piso haverá uma sala para 120 graduandos. O local, que tem capacidade para 640 alunos, está preparado também para futuras ampliações de vagas dos cursos de Enfermagem e Medicina.
O projeto inicial prevê 38 salas para alunos dos cursos de Medicina e Enfermagem. Os professores terão à sua disposição um sistema de transmissão de arquivos para aulas. O conteúdo poderá ser enviado ao sistema audiovisual de cada sala por meio de uma central.
Arquivo
Com 382,92 m², o Centro de Memória e Arquivo ficará em uma área anexa à estrutura que abrigará a ala administrativa da escola e que está em fase final de construção. O pavimento térreo já está pronto. A coordenação do material que será levado para o local está a cargo da historiadora em arquivos e gestão de cultura material Isaura Bretan.
O edifício foi projetado para suportar um outro pavimento para a parte documental, com espaço reservado para elevador de carga. A estrutura pronta é própria para edifícios com essa finalidade e segue as recomendações do Conarq (Conselho Nacional de Arquivos, do Governo Federal), que estabelece normas para os arquivos de todo o país. Possui uma ampla sala somente para a guarda do acervo, espaço específico para o trabalho administrativo e para recepção e tratamento da documentação, antes de sua entrada na sala de guarda do acervo.
Há no local banheiros que podem ser utilizados pelo público, com previsão de um espaço-sala de consulta. O edifício contempla as necessidades básicas para o trabalho com o arquivo e para a sua preservação. O acervo da faculdade será composto, inicialmente, por processos de vários setores da administração. Depois, poderá receber material dos setores acadêmicos. Serão implantadas estantes deslizantes para facilitar o acesso aos documentos.
