Na última quinta-feira (10), o Sindicato Médico do RS (SIMERS) se reúne com a direção do Hospital Comunitário de Sarandi e representantes das cidades que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde, para garantir a continuidade do plantão de sobreaviso. O encontro será às 17h, na sede da Prefeitura. "A expectativa é de que os gestores apresentem uma alternativa para o pagamento dos especialistas, que não recebem por esta atividade", explica o diretor do SIMERS, Volnei Malheiros. Sem acordo, o serviço será suspenso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 17 de março.
Segundo Malheiros, há mais de seis meses o sindicato busca negociar o pagamento dos médicos que atuam nos plantões não presenciais, nas áreas de Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia. Os profissionais não recebem para ficar disponíveis na retaguarda dos colegas emergencistas. "O sobreaviso é essencial para possibilitar o atendimento em cidades de pequeno porte, onde o número de médicos é reduzido, mas precisa ser remunerado", explica Malheiros.
Entenda melhor
O sobreaviso é uma modalidade de plantão em que o médico não está presente no local de trabalho, mas fica disponível 24 horas por dia, e pronto para atender imediatamente ao chamado. Em uma escala de médicos das mais diferentes especialidades, os profissionais garantem apoio aos colegas da emergência, para os pacientes atendidos no pronto-socorro, e encaminhados à internação ou submetidos a procedimentos cirúrgicos.