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Manifestação em MT
 
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21/03/2011

Manifestação em MT

500 pessoas em defesa do SUS

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso ficou pequena para a manifestação que reuniu mais de 500 pessoas em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), promovida na última quinta-feira (17). O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) foi um dos organizadores, junto com outras entidades das áreas sociais e da saúde.

A manifestação começou às 13h, com a concentração na praça Ulisses Guimarães seguindo com uma caminhada até a Assembleia Legislativa, onde foi realizada às 15h uma audiência pública para debater a saúde no estado.

Sob coros de protestos, os participantes pediram mais transparência nas aplicações dos recursos, a suspenção da contratação de Organizações Sociais para gerir o Sistema e reestruturação da carreira de todos os profissionais envolvidos na saúde de Mato Grosso.

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso defende a ideia de que a administração dos quatro hospitais regionais em atividade no Estado e o Hospital Metropolitano de Várzea Grande – com inauguração prevista para maio - seja feita por Organizações Sociais (OS). A forma de gestão é duramente criticada por setores ligados à Saúde e é chamada pela categoria de terceirização do setor.

Durante a audiência, o secretário de Saúde Pedro Henry destacou as dificuldades de acesso à saúde em todo o Estado e a demora nos serviços. Sob vaias, Henry afirmou que, para colocar o Hospital Metropolitano de Várzea Grande em funcionamento de forma rápida, é preciso parceria com uma OS. “Estamos há dois anos sem proposta para viabilizar o funcionamento [do hospital]. Foi por isso que buscamos esse modelo, para poder oferecer os leitos à população mais rapidamente”.

Para o presidente do CRM-MT, Arlan de Azevedo Ferreira, o momento é de indignação e também de mostrar que é preciso chegar a um consenso de todas as categorias, sobre qual o melhor modelo de gestão da Saúde Pública. "Nenhum modelo de gestão será suficiente na Saúde, enquanto não tivermos também uma ampliação de recursos para investirmos", disse Ferreira.

Arlan reiterou que toda essa indignação são os reflexos da ingerência dos gestores. Para ele, o retrato da saúde pública é consequência de inúmeras atitudes incompetentes. “O Conselho Regional de Medicina, como órgão de fiscalização, quer que esse processo ocorra de forma transparente”. Ele chamou a atenção para as dificuldades que os municípios têm para contratar servidores.

O promotor de Cidadania e Defesa do Consumidor, Alexandre Guedes, lembrou que toda política pública de saúde deve ser discutida com a população antes de ser aplicada. “Temos que respeitar todas as opiniões e proponho que a Assembleia realize esse tipo de audiência a cada três meses. Em outros Estados há o Conselho de Administração que fiscaliza a saúde”, apontou ele, citando como exemplo o modelo da saúde pública do Estado de São Paulo.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Ednaldo Lemos, falta esclarecimentos e conhecimentos da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT). “A situação do SUS de Mato Grosso é um caos total, mas os servidores não têm culpa nenhuma desse problema”, disse ele. “Defendemos concurso público e plano de cargos, carreira e salários, porque é direito da população”, emendou Lemos.

Marcaram presença ainda servidores públicos; vereadores de Cuiabá e Várzea, representantes dos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 9ª Região (Crefito-9); Odontologia (CRO-MT); Farmácia (CRF-MT); Enfermagem (Coren-MT); Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT); Fundação Nacional de Saúde em Mato Grosso; estudantes da área de saúde das Universidades Federal de Mato Grosso (UFMT) de Cuiabá (Unic); Centro Universitário de Várzea Grande (Univag); sindicatos das áreas de saúde; Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Autor: Redação
Fonte: CFM

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