Com a propagação do vírus H1N1 influenza, que deu origem à gripe suína, não é só os governos que devem começar a pensar em políticas de gestão de risco para lidar com situações imprevistas, mas as empresas também. De acordo com o instituto de pesquisa americano Gartner, pandemias - epidemias de doenças infecciosas que se espalham que se espalham por continentes - podem resultar em queda de produtividade e fazer com que os funcionários faltem. Em casos como estes, o insituto afirma que a ausência dos trabalhadores pode chegar a 40% do número total, pelo simples receio de sair às ruas, o que resultaria em graves problemas operacionais.
Os analistas do Gartner afirmam que, para evitar que ocorram esses problemas, é importante pensar em um plano de contingência de forma alarmista, mas sem criar pânico na empresa. Neste caso, segundo o instituto de pesquisa, profissionais da área de tecnologia (como BCM, Business Continuity Manager, e de recuperação de desastres) poderão ajudar os gestores a pensar em estratégias para trabalhar de forma mais prudente, sem fazer com que uma empresa inteira seja tomada pela insegurança ou pela falta de preparo.
Uma das ações, de acordo com os analistas, é pensar de que maneira proteger os funcionários de uma ameaça que se espalha pelo ar a uma velocidade tão rápida.
"O departamento de tecnologia também deve participar da elaboração do plano, pois se houver risco de que a pandemia coloque a saúde dos funcionários em risco, uma alternativa a ser considerada é que eles trabalhem de casa", disse Ken McGee, vice-presidente do instituto de pesquisa.
Por isso, o setor de TI deve avaliar quais são os recursos tecnológicos necessários e, principalmente, como tornar esses recursos disponíveis. Como, por exemplo, solicitar acessos remotos a determinados documentos ou a pastas, notebooks e outros equipamentos.
Para empresas que tenham matriz no exterior, os funcionários estão ainda mais próximos da ameaça. Para os especialistas, é necessário restringir as viagens para países já contaminados. Uma das medidas a ser usada é reunião por videoconferência ou por telefone.
Caso haja uma vacina disponível – o que não é o caso da gripe suína –, a empresa também deve planejar um esquema para imunizar os funcionários.
Os analistas do Gartner afirmam que a estratégia deve ser traçada em conjunto pela diretoria, pela área de recursos humanos e comunicação. O primeiro passo é monitorar os alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e manter o quadro de funcionários informado sobre o avanço da pandemia.