Segundo  Gilberto Camanho, do Hospital das Clínicas, um problema na coluna que acaba comprimindo os nervos em direção às pernas pode causar dor nas coxas, nos joelhos ou nas panturrilhas. Por isso, é importante ver se os movimentos feitos pelos joelhos provocam ou modificam uma dor (confira entrevista em vídeo).

Já quem tem alguma falha nessas articulações costuma se apoiar e andar mal, o que faz com que a postura seja ruim e se traduza em dores na coluna, na bacia e nos pés. Camanho destacou que pode haver dores no período de crescimento, principalmente em mulheres próximo da primeira menstruação (de 11 a 13 anos), porque os ossos do joelho aumentam de tamanho mais rapidamente que os músculos, fazendo com que estes fiquem mais curtos e haja dor.

O médico afirmou que joelhos que estalam não têm a ver com falta de exercício nem de cálcio e que isso não é um problema, mas algo decorrente da estrutura dessa região.

De acordo com Camanho, a cirurgia dos joelhos, sobretudo na área esportiva, está muito desenvolvida atualmente, e os atletas são perfeitamente capazes de voltar ao desempenho anterior à lesão. Já quem apresentar dor ou dano e não tratá-los ou operá-los, caso necessário, dificilmente vai voltar ao estágio anterior.

Os joelhos concentram um líquido que os lubrificam, assim como a lágrima age sobre os olhos e a saliva, na boca. Essa produção do chamado líquido sinovial é contínua, e pode ser maior em casos de irritação, traumas, doenças inflamatórias ou esforço excessivo. Por isso, é comum dizer que a pessoa está com “água” nos joelhos. Nessa situação, deve-se ir ao médico para descobrir as causas.

Correr na grama ou na areia fofa é ruim para os joelhos, porque são terrenos irregulares. O ideal é fazer a atividade em solo mais duro e com tênis adequados para absorção de impacto. Esse tipo de calçado também tem prazo de validade: de 5 a 7 meses se usado 4 vezes por semana.

Após a reabilitação de uma cirurgia no joelho, é possível praticar exercício físico, desde que sob avaliação e orientação médica. A pessoa que ficar de três a quatro meses parada por conta de uma operação ou outro motivo leva, em média, 11 meses para voltar ao desempenho anterior – já que a alta traz de volta a normalidade, não a alta performance.