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Planos de saúde: futuro imprevisível
 
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18/04/2011

Planos de saúde: futuro imprevisível

Márcio Coriolano, presidente do Bradesco Saúde, diz que o crescimento do setor esbarra no limite que a população e as empresas têm em incorporar esses gastos no futuro

Para o setor, as regras atuais, os novos procedimentos e o envelhecimento da população formam equação de resultado imprevisível, que pode ficar negativo - especialmente no caso de quem tem poucos clientes. Márcio Coriolano, presidente do Bradesco Saúde, diz que o crescimento do setor esbarra no limite que a população e as empresas têm em incorporar esses gastos no futuro.

Os convênios estimam que empresas pequenas tendem a sumir, gerando concentração no setor. "Pedimos que a ANS olhe isso com atenção. Não é interessante que haja alta concentração', afirma o presidente da Abramge.

Estudo da Amcham aponta que 32% das empresas entrevistadas passaram por fusão ou aquisição entre 2009 e 2010. A análise feita é que os custos de saúde no Brasil estimulam as fusões. O presidente da Unimed, Mohamad Akl, lembrou no evento que desde que o Estatuto do Idoso (que impede o reajuste por faixa a maiores de 59 anos) entrou em vigor, em 1998, mais de 700 convênios desapareceram.

As empresas querem a possibilidade de vender planos modulares, com cobertura restrita, o que não é possível hoje. "Aí você saberia exatamente o que iria cobrir, sem riscos', afirma Almeida.

Reajuste só com qualidade

ANS estuda medidas para punir operadoras que não prestam bons serviços

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer estimular a concorrência entre os planos de saúde, premiando a eficiência. Fábio Fassini, gerente-geral do órgão, afirma que as empresas precisam melhorar a gestão e que a agência estuda formas de punir empresas pouco eficientes, que poderiam ter o reajuste autorizado anualmente pela ANS limitado.

"Não é justo que empresas que invistam em programas de promoção e prevenção e treinamento tenham o mesmo reajuste daquelas que se veem como intermediários financeiros', disse.

Outro ponto em estudo é o incentivo ao que chamam de "envelhecimento ativo do idoso'. O cliente que participa de programas de prevenção poderia ter abatimento na mensalidade, já que as chances de usar o convênio seriam reduzidas.

O saúde-previdência, ou VGBL-Saúde, também está sendo analisado. "É a possibilidade de usar os recursos de um plano de capitalização no abatimento de despesas futuras com saúde.'

Segundo Fassini, a ANS ainda deve ampliar o período em que conveniado pode trocar de plano sem cumprir nova carência - hoje só é possível fazer a transferência no aniversário do plano ou no mês seguinte. Para 2012, a agência prevê a criação de reajustes diferenciados por região, medida que as empresas veem com bons olhos.

Aliás, o envelhecimento da população e as novas tecnologias em saúde preocupam os convênios médicos, que temem aumento dos gastos. As atuais regras limitam o reajuste dos clientes dos planos individuais após os 59 anos e permitem que trabalhadores mantenham o plano coletivo da empresa após a aposentadoria.

Hoje, os idosos com mais de 60 anos representam cerca de 11% da população, mas estudos do Banco Mundial apontam que esse índice pode chegar a 30% em 2050. Com o envelhecimento da população, crescem os casos de doenças crônicas, cujos tratamentos são mais caros.

Além disso, nos últimos anos a ANS elevou o número de procedimentos obrigatórios cobertos pelos planos, medida que deve ser retomada sempre que a medicina evoluir. E como em medicina um procedimento novo não necessariamente substitui métodos já existentes, os valores dessas análises e tratamentos demoram a cair.

"O custo da medicina fica cada vez mais alto para os planos', afirma Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo).

SAIBA MAIS

Outra medida, proposta pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), é a saúde-previdência, uma espécie de plano de previdência atrelado ao convênio médico que ajudaria o idoso a custear o seu plano de saúde no futuro. A mensalidade do jovem aumentaria e essa diferença iria para um plano capitalizado, para ser usado no futuro, para ajudar o idoso a pagar seu plano. Em todo o Brasil, existem mais de 40 milhões de usuários de planos de saúde. Só no Distrito Federal são cerca de 800 mil usuários. Na semana passada, médicos conveniados de todo o País pararam o atendimento por 24 horas. Eles ameaçam paralisar o atendimento por tempo indeterminado caso as operadoras não aumentem o valor do repasse por consulta. A ANS também estuda forma de melhorar a remuneração dos médicos para evitar um apagão no setor.


Autor: Redação
Fonte: Jornal de Brasília

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