As mulheres estão dominando o mundo. A frase que parece feminista encaixa-se perfeitamente no universo da educação a distância. O resultado do último Censo do Ensino Superior, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), comprova isso. De acordo com o levantamento, as mulheres são maioria nessa etapa da educação, principalmente na modalidade a distância, representando cerca de 55% dos alunos na modalidade presencial e mais de 69% na EAD. Entre os concluintes dos cursos, as mulheres também são maioria: 58,8% em cursos presenciais e 76,2% a distância.
A pesquisa também mostrou mais uma particularidade: as mulheres iniciam os cursos mais tarde, por volta dos 28 anos e o tipo de curso preferido é a licenciatura. São mulheres que buscam tardiamente uma graduação devido a diversos motivos, como dificuldades financeiras (nessa idade, elas já têm uma estabilidade maior que lhes permite investir nos estudos) ou questões familiares (são mães que deixaram os estudos para cuidar de seus filhos e, após o crescimento deles, podem se dedicar ao sonho de continuar de onde pararam).
O Censo mostra que a mulher busca a consolidação do seu espaço no mercado de trabalho, competindo em caráter de igualdade com os homens. Na maioria das vezes, elas são atraídas pela flexibilidade de horário e pela facilidade de inclusão que a educação a distância oferece, já que normalmente cumprem dupla jornada: a carga horária exercida na empresa e o tempo dedicado à família.