A frase soa como um milagre. Mas é o título de um novo livro, escrito pelo médico americano C. W. Randolph, especialista em desequilíbrio hormonal, que acaba de ser lançado no Brasil. O alvo do livro, da Editora Best-Seller, é o homem ou a mulher com mais de 30 anos, que pratica exercícios físicos, está sempre controlando a comida, mas não consegue se livrar de jeito algum daquela desagradável barriguinha. Randolph diz o seguinte: os centímetros a mais na cintura não são causados pelo excesso de ingestão de calorias, carboidratos ou gordura, mas pelo que ele define como “dominância estrogênica”. Estrogênio, para quem não sabe, é um dos hormônios sexuais, junto com a progesterona e a testosterona.

Quando há muito estrogênio circulando no corpo, ele aumenta a gordura corporal, fazendo o tecido adiposo produzir e armazenar ainda mais estrogênio. Ou seja: a barriga vira o que ele chama de “imã de gordura”. O corpo fica incapaz de usar essa gordura armazenada para gerar energia de forma eficaz, comprometendo a capacidade do corpo para queimar gordura. O resultado é o peso extra que não vai embora, mesmo quando se faz exercício ou se come menos. Apesar de ser considerado um hormônio feminino, muitos homens após 40 anos também podem apresentar a dominância estrogênica, com a queda nos níveis de testosterona e progesterona.

Nos últimos dez anos, o autor se dedicou a estudar a tratar pacientes com este tipo de problema. O resultado foi a criação de um tratamento que une três pontos: uma dieta projetada para reduzir os níveis de estrogênio do corpo; vitaminas e suplementos que ajudam no equilíbrio hormonal geral; e uma terapia de reposição com hormônios naturais.

Se você faz exercícios regulares e não exagera na comida, mas só vê a barriga aumentar, pode ter a dominância estrogênica. Como saber? Seguem alguns sintomas, femininos e masculinos:

Mulheres: alterações fortes de humor, fadiga, muita dor de cabeça, ansiedade, irritação, choro por qualquer motivo, lapsos de memória, fluxo menstrual intenso, incontinência, seios fibrocísticos, diminuição da libido, seios doloridos e sensíveis, retenção de líquido.

Homens: sensação de exaustão, problema na próstata, diminuição da clareza mental, redução da libido, aumento da urgência urinária com redução do fluxo da urina, diminuição da força, dificuldades para dormir, suores noturnos, problemas de concentração.

A terapia de reposição hormonal e a ingestão dos suplementos vitamínicos só pode ser feita com acompanhamento médico. Mas, no livro, Randolph dá orientações interessantes sobre alimentação, um dos fatores mais importantes no combate à dominância estrogênica. São alimentos que ele chama de “exterminadores de barriga”. Seguem algumas dicas:

- Vegetais crucíferos: brócolis, aspargos, couve-flor, espinafre, couve-de-bruxelas, repolho, rabanete, nabo.

- Frutas cítricas: uma substância chamada D-limoneno, encontrada neste tipo de fruta, comprovadamente estimula a desintoxicação do estrogênio. laranja, limão, tangerina, lima-da-pérsia.

- Fibras insolúveis: farinha e farelo de aveia, ervilha seca, feijão, lentilha, maçã, pera, morango e mirtilo. Prefira arroz, pão e massas integrais, que contém fibras insolúveis.

- Lignanos: sementes de linhaça moídas ou trituradas, gergelim e óleo de semente de linhaça. Podem ser usados em iogurtes e vitaminas de frutas. (O óleo de gergelim também pode ser um ótimo molho para saladas, batido com suco de limão, alho e água no liquidificador).

Agora seguem as dicas dos inimigos da barriga lisinha:

- Alimentos ricos em gorduras saturadas:  carnes engorduradas, batatas fritas, manteiga, molhos de saladas prontos.

- Carboidratos simples: açúcar refinado, arroz branco, farinha branca.

- Cafeína: duas pequenas xícaras de café por dia podem aumentar muito os níveis de estrogênio.

- Álcool: se consumido diariamente, pode prejudicar o fígado, onde o estrogênio é decomposto.