Por sugestão do juiz Roberto Lorea, do Juizado da Violência Doméstica Familiar Contra a Mulher, da Comarca de Porto Alegre, os vereadores da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), presidida pela vereadora Maria Celeste (PT), visitaram, na última quarta-feira (4), o Centro de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência de Caxias do Sul. Foram conhecer as experiências desenvolvidas nessa área naquele município. Além de vereadores e do juiz, também participaram da reunião representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Coordenadoria Municipal da Mulher de Porto Alegre.

O centro foi criado em 2005 e realiza de 250 a 300 atendimentos mensais a mulheres vítimas de violência. A coordenadora do centro, Linéia Maria Grazziotin, explicou que as vítimas são, geralmente, oriundas de famílias de baixa renda, mas que a violência atinge a todas as camadas sociais. Informou que as mulheres em situação de violência são recebidas, acolhidas, recebem orientação e são encaminhadas para o atendimento jurídico e social. As mulheres com risco de morte são abrigadas numa casa de apoio. Revelou que, além disso, são buscadas parcerias e recursos para assistência e atividades como a realização de cursos de capacitação, publicações sobre os direitos da mulher, além de panfletos, cartilhas e até livros de receitas produzidas por mulheres da região rural do município.

Maria Celeste disse que a comissão vem buscando experiências novas e espera que Porto Alegre venha a executar programas destinados à mulher. Destacou que até agora a execução parece distante. Afirmou que a comissão irá procurar o prefeito José Fortunati para apresentar sugestões. O vereador Sebastião Melo (PMDB) destacou o aspecto educacional e não paternalista do programa desenvolvido em Caxias. Já o vereador Toni Proença (PPS) elogiou a iniciativa e disse que políticas públicas precisam da participação dos estados e municípios. A reunião foi realizada no Centro Administrativo Municipal de Caxias do Sul.