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Lesão leve na cabeça de crianças dispensa tomografia, diz estudo
 
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09/05/2011

Lesão leve na cabeça de crianças dispensa tomografia, diz estudo

Monitoramento torna exposição à radiação desnecessária. Pesquisa norte-americana foi feita com 40 mil pessoas

Um estudo a ser divulgado na edição de junho da revista médica “Pediatrics” (pediatria, em inglês) mostra que o uso de tomografia computadorizada pode ser dispensável para lesões leves na cabeça de crianças. O trabalho – realizado por médicos do Hospital de Crianças de Boston e da Universidade da Califórnia, em Davis – sugere que um período de observação cauteloso evita a exposição desnecessária à radiação do aparelho, sem comprometer a segurança do paciente.

A pesquisa reuniu informações de mais de 40 mil crianças com traumas leves no crânio nos Estados Unidos, atendidas em 25 centros de emergência do país. Do total de crianças que participaram do estudo, quase 5,5 mil (14%) passaram por um acompanhamento clínico antes da decisão pelo uso do equipamento.

A tomografia foi menos usada entre os pacientes analisados previamente (31%) na comparação com aqueles que não foram observados (35%). Quando os pesquisadores compararam os grupos de crianças com e sem monitoramento de acordo com a gravidade do trauma e com as práticas dos hospitais onde foram atendidas, a diferença foi mais gritante: a probabilidade de uso de tomografia do grupo dos acompanhados cai pela metade na comparação com os demais pacientes.

Segundo os médicos, apenas uma pequena parcela desses pacientes apresentou um problema sério no crânio e afirmam que, caso a criança possa ser monitorada durante algumas horas, talvez ela não precise enfrentar tomografias. Mesmo assim, aproximadamente metade das crianças encaminhadas atualmente aos hospitais norte-americanos com lesões na cabeça passa pelos exames.

Para os responsáveis pelo artigo, seria possível reduzir pela metade a aplicação da tecnologia sem comprometer o tratamento. Pacientes que apresentaram quadros complicados de trauma no crânio - com morte, necessidade de cirurgia, intubação por mais de 24 horas ou permanência no centro médico por mais de 2 dias - foram tão incomuns no grupo de observados (0,75% dos casos) como no de não monitorados (0,87%).

Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)

O grupo não conseguiu definir, durante o estudo, qual o período de tempo ideal para manter a criança em observação. A Academia de Pediatria norte-americana recomenda um acompanhamento cuidadoso mantido entre 4 a 6 horas após o trauma.

Os médicos justificam a preocupação com o uso da tomografia pelo fato dos tecidos cerebrais das crianças serem mais sensíveis à radiação ionizante - presente em tomografias - na comparação com adultos. A exposição pode resultar no desenvolvimento de tumores malignos, afirmam os especialistas.

Segundo a médica Lise Nigrovic, uma das responsáveis pelo estudo, o uso de tomografia é bom apenas para os casos nos quais o paciente realmente precisa, mas critica a exposição ao aparelho para casos de crianças sem traumas significativos na cabeça.


Autor: Redação
Fonte: Do G1, em São Paulo

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