Estudo feito em parceria entre as universidades de Vermont e de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, analisou os efeitos da abstinência do café.  Os resultados indicaram um aumento nas medidas de “dor de cabeça”, “cansaço”, “fadiga”, “lentidão” e “exaustão”, devido à falta de café.

Nesta pesquisa, os especialistas analisaram fisiologicamente os efeitos subjacentes que a falta de cafeína pode gerar. Eles mediram a velocidade do fluxo sanguíneo no cérebro e sua atividade elétrica. Os voluntários foram divididos em dois grupos: um tomava pílulas de cafeína e o outro placebo.

Os especialistas mediram a resposta de cada participante à cafeína ou ao placebo utilizando três diferentes quesitos: atividade elétrica cerebral através do eletroencefalograma, velocidade do fluxo sanguíneo no cérebro através de ultra-som e um questionário respondido pelos participantes.

Os resultados indicaram que a abstinência aumentou o fluxo sanguíneo no cérebro, o que poderia provocar as dores de cabeça, e aumentou o ritmo teta no encefalograma – mudança associada à fadiga. Os voluntários ainda afirmaram ter dores de cabeça, sonolência e redução do estado de alerta.

Outro ponto importante relevado pelo estudo é que não existem benefícios no consumo crônico de cafeína. “Ao contrário do que a maioria de nós, amantes do café, pensaríamos, nosso estudo mostra que não há diferenças entre quando os participantes eram mantidos com placebo crônico e quando os participantes eram estabilizados com a administração de cafeína crônica”, disse a pesquisadora Stacey Sigmon, coordenadorado estudo.

 “O que isso significa é que consumir cafeína regularmente parece não produzir nenhum efeito líquido benéfico, baseado nas medidas que examinamos”, concluiu a Dra. Sigmon.

Os especialistas afirmam que ainda são necessários mais estudos para avaliar os efeitos do consumo e da abstinência do café.