O município de São Lourenço, atingido em março, por extenso desastre ambiental, vem desde então sendo auxiliado pelo Governo do Estado, por meio da Seção de Saúde Mental e do Núcleo de Eventos Ambientais Adversos à Saúde (NEAAS). A enchente afetou diretamente os prédios das Unidades Básicas de Saúde e 60% da força de trabalho desta área na cidade, sendo necessário grande empenho do setor público para manter a assistência médica e psicológica à população.
Atualmente, três residentes multiprofissionais permanecem na cidade, onde ficarão por 45 dias, quando serão substituídos por outra equipe, para atuar na assistência e amparo psicológico às vítimas e também às equipes de profissionais, em função do envolvimento emocional destes servidores com as famílias atingidas. A iniciativa é uma parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio do Programa Educa Saúde, com o Estado.
Além da área assistencial, os técnicos auxiliam nas questões de vacinação, controle da qualidade da água para consumo humano, e na realização de exames laboratoriais. O monitoramento da ocorrência de doenças de veiculação hídrica é permanente, em função do risco da leptospirose, entre outras enfermidades. Também realizam a gestão de risco em desastres, que são a prevenção, preparação, resposta e reconstrução das áreas atingidas. Nestes casos, organizam grupos de apoio com o Ministério Público, Secretarias Municipais, e órgãos ambientais, entre outros.
O RS é referência número um no Brasil no enfrentamento aos desastres ambientais, sendo solicitado pelo Ministério da Saúde para realizar a avaliação da rede assistencial de saúde danificada por eventos climáticos. Os profissionais do NEAAS já participaram dos trabalhos de reconstrução no Vale do Itajaí, em novembro de 2008, em Alagoas e Pernambuco, em 2010; e na Região Serrana do Rio, em janeiro de 2011.