A feira HOSPITALAR 2011 realizada esta semana (24 a 27 de maio) em São Paulo recebeu 91 mil visitas de dirigentes hospitalares, profissionais do setor de saúde e empresários da indústria médico, hospitalar e odontológica, gerando R$ 6 bilhões em vendas de produtos, equipamentos e tecnologia para hospitais, laboratórios, clínicas e consultórios.

A HOSPITALAR Feira e Fórum é o mais importante evento de saúde nas Américas e sua 18ª edição atraiu visitantes de todo o Brasil e de outros 62 países, que foram aos pavilhões do Expo Center Norte conferir os lançamentos em produtos e equipamentos médicos apresentados por 1.250 empresas expositoras, das quais 525 estrangeiras, representando 34 países. Os negócios fechados e/ou encaminhados durante os quatro dias do evento totalizaram R$ 6 bilhões, resultado 11% superior à feira de 2010.

Com quase 7 mil hospitais e cerca de 230 mil estabelecimentos cadastrados pelo Ministério da Saúde, o setor de saúde no Brasil deve movimentar em 2011 cerca de R$ 337 bilhões, o que representa 8,64% do PIB nacional (segundo a Confederação Nacional de Saúde). 55% destes investimentos são feitos pelo setor privado, uma das razões que tornam a feira HOSPITALAR estratégica para os gestores de saúde e a indústria fornecedora. Hospitais de todo o Brasil, públicos e privados, estão investindo fortemente em novas instalações e serviços prestados à população, demandando uma oferta de equipamentos com cada vez mais tecnologia, a custos compatíveis com a realidade do setor.

Além de empresários, médicos, enfermeiros e lideranças da saúde, a feira HOSPITALAR reuniu nesta edição representantes dos três maiores orçamentos de saúde do País: o Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e a Secretaria da Saúde do Município de São Paulo. O ministro Alexandre Padilha, o Secretário Giovanni Cerri (do Estado de SP) e o secretário Januário Montone (da cidade de São Paulo), assim como dirigentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ANVISA, Frente Parlamentar da Saúde e Confederação Nacional da Saúde foram algumas das muitas autoridades presentes à feira e aos cerca de 60 congressos e seminários conjuntos, focados no debate de gestão e políticas de saúde pública e privada.

Além de desenvolver negócios no mercado interno, a feira funciona como impulsionadora de exportações de produtos hospitalares. A ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios promoveu durante a feira rodadas de negócios com o apoio da APEX BRASIL. Importadores da América Latina, Europa, África, Ásia, Emirados Árabes e Oriente Médio tiveram encontros com empresas nacionais, gerando vendas de US$ 18 milhões, contra US$ 14,6 milhões registrados na feira de 2010.

A HOSPITALAR funciona também como plataforma de negócios para fornecedores mundiais junto ao mercado da América Latina. Basta citar que, entre os 15 países de maior representatividade entre os visitantes da última edição, 11 eram latino-americanos: Brasil, Argentina, Peru, Chile, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e México.  Mas a área de influência do evento é muito maior, fato comprovado pela diversidade de países visitantes: Canadá, China, República Tcheca, França, Finlândia, Alemanha, EUA, Indonésia, Irã, Coréia do Norte, Rússia, Arábia Saudita, Angola, Inglaterra, Paquistão e muitos mais.

A médica e empresária Waleska Santos, fundadora e presidente da HOSPITALAR, afirma que o evento já está consolidado como um ponto de referência para fornecedores, compradores e lideranças de saúde de todo o mundo. “O crescimento do PIB brasileiro reflete-se positivamente no setor da saúde, com notáveis investimentos, tanto na área pública quanto privada. Além disso, a indústria brasileira também se consolida no mercado mundial como fornecedora de produtos de qualidade. A HOSPITALAR 2011 mostrou toda essa pujança da indústria e do setor de serviços, que continuam indicando um ritmo forte de crescimento nos próximos anos”.

O que disseram os expositores

Expositores destacaram que o movimento da edição 2011 foi o melhor dos últimos anos e o perfil dos visitantes foi extremamente profissional.

Luiz Bresser, diretor geral da Alert, fornecedora de software e soluções para hospitais e clínicas, disse que a empresa recebeu cerca de 10 mil visitantes em seu estande, “fato que nos abre perspectivas de negócios em vários países”.

A Steris, empresa da área de esterilização e cirurgia, fechou na feira negócios estimados em 2 milhões de dólares, 50% a mais do que na edição anterior, informa Humberto Izidoro, diretor de marketing. Líder em produtos para neonatologia, a Fanem empresa que exporta para mais de 90 países e prepara-se para instalar uma unidade na India, contabilizou 1,5 milhão em vendas durante o evento, segundo o diretor industrial Djalma Rodrigues.

A MDT Implantes, fornecedora de órteses e próteses ortopédicas, aumentou em 20% o número de contatos feitos na feira “Recebemos clientes de vários estados brasileiros e de 15 países. “A Hospitalar é um ótimo instrumento de divulgação e fechamento de negócios”.Outra empresa que abriu novos mercados no evento foi a Avlis Haws, produtora de equipamentos de emergência. A diretora de vendas para a América Latina, Patrícia Wright, afirma: “Recebemos compradores do Brasil, México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina. Foi uma excelente oportunidade para novos negócios.” Edson Leite, diretor comercial da Input, fornecedora de softwares de gestão hospitalar, diz que recebeu aproximadamente 800 visitantes/dia, dos quais 10% estrangeiros, principalmente de Cuba, Angola, França e Alemanha.Já a Santé Hospitalar, que estreou na feira com um estande de apenas 12 metros, fechou vendas de R$ 300 mil, “com perspectiva de triplicar este resultado nos próximos 60 dias”, afirma o diretor Narcélio Menezes.