A poliomielite é uma infecção viral contagiosa, muitas vezes mortal, que pode provocar fraqueza muscular permanente, paralisia e outros sintomas. É causada pelo poliovírus, um enterovírus transmitido ao se engolir substâncias contaminadas pelo micro-organismo.
A infecção estende-se do intestino às partes do cérebro e à medula espinhal, que controlam os músculos. Dados do Ministério da Saúde indicam que os últimos casos de paralisia infantil nas Américas ocorreram no Brasil em 1989 e no Peru em 1991.
Oficialmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a poliomielite erradicada das Américas em 1994 e da Europa em 1999. Mas, ainda existe circulação de poliovírus em países da África e Sudeste Asiático. De acordo com a OMS, 26 países ainda registram casos da doença e quatro deles são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão.
“Erradicação não significa que a doença não exista mais, apenas que está sob controle. Por isso, as crianças devem continuar sendo vacinadas”, diz Maria Amélia dos Santos, diretora da Associação Brasileira de Síndrome Pós-Poliomielite (Abraspp), ela própria vítima de poliomielite.
Em 1994, o Brasil recebeu certificado de eliminação da doença da Organização Mundial de Saúde (OMS).
É importante que pais fiquem atentos, pois a doença pode deixar graves lesões. As crianças infectadas pela poliomielite podem sofrer sequelas que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, especialmente nos membros inferiores.
O Ministério da Saúde diz ter investido verba total de R$ 46,6 milhões na compra e distribuição das vacinas a serem usadas nas duas etapas da campanha nacional. Além disso, houve a transferência de R$ 20,2 milhões às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, para que elas organizassem a campanha. Ao todo, o Ministério informa ter enviado 21 milhões 665 mil e 465 doses para todos os estados e o Distrito Federal