O projeto O Mapa de Porto Alegre e a Tuberculose: Distribuição Espacial e Determinantes Sociais, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), é uma das cinco experiências que vão receber o Prêmio Pró-Equidade em Saúde, conferido pela primeira vez neste ano, pela 27ª edição do Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O evento ocorre de  9 a 12 de julho, em Brasília.

A SMS de Porto Alegre está também entre os quatro escolhidos para receber Menção Honrosa, pela implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra do Município de Porto Alegre, no período de novembro de 2009 a maio de 2011. São parceiros na organização das premiações o Centro de Estudos de Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde (CEPI-DSS), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), e o Ministério da Saúde.

Nesta primeira edição do Pró-Equidade em Saúde, foram inscritas 76 experiências, das quais 21 foram selecionadas para concorrer às  indicadas como ganhadoras. O resultado foi divulgado segunda-feira, 20. Além de certificados pelas Melhores Contribuições à Promoção da Equidade em Saúde no Brasil, os vencedores serão agraciados com placa comemorativa. As experiências premiadas serão apresentadas em edição especial da revista Conasems, que circulará no Congresso. Serão mostradas também em pôsteres,  durante a Mesa do 8º Congresso Brasileiro de Saúde, Paz e Não-Violência, dia 10 de julho, junto com os quatro trabalhos distinguidos com Menção Honrosa.

Tuberculose – O mapeamento da tuberculose em Porto Alegre foi elaborado com base na constatação de que a doença é fortemente influenciada por fatores sociais. Foram avaliadas a incidência da tuberculose pulmonar por território e a forma de transmissão conforme os bairros. A conclusão de que as condições socioeconômicas estão diretamente associadas à doença passou a nortear o planejamento de políticas públicas com foco na promoção da justiça social.

População negra - Porto Alegre é um dos municípios brasileiros onde as políticas públicas para o cuidado com a saúde da população negra estão mais avançadas. A Secretaria Municipal de Saúde enfrenta questões como a diferença entre os níveis de mortalidade de crianças negras e brancas menores de um ano e a diferença de expectativa de vida entre negros e brancos. Para isso, capacita profissionais de Saúde para a mudança de atitude frente aos problemas da comunidade negra e desenvolve práticas de promoção e educação em saúde para essa população. Em conjunto com o movimento negro, participa de iniciativas para que pessoas de todas as raças recebam atenção de forma igualitária nos serviços prestados pelo SUS.