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A era da prevenção
 
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08/07/2011

A era da prevenção

Oito cidades catarinenses já perceberam a importância de combater o sedentarismo e disponibilizaram 25 academias ao ar livre, com acesso gratuito à população

Estamos vivendo por mais tempo, mas não, necessariamente, com mais qualidade. Enquanto pesquisas do IBGE apontam uma significativa alta na longevidade, dados da Organização Mundial de Saúde acusam uma prevalência de doenças crônicas, em pessoas com idade superior a 65 anos, de 75%. Ou seja, ¾ dos idosos convivem com problemas como cardiopatias, hipertensão, diabetes e outras doenças que, se não forem devidamente acompanhadas e tratadas, levam a óbito. Impedir que as doenças crônicas se manifestem ou evoluam de forma negativa, portanto, passou a ser um dos maiores desafios no âmbito da saúde neste século XXI.

Precisamos criar meios e respostas adequadas para que, lá pelo ano de 2050, quando as pessoas com mais de 70 anos representarem 17% da população, elas vivam muito tempo e, ao mesmo tempo, se sentindo muito bem. O novo Ciclo de Atendimento à Saúde, defendido por especialistas americanos, preconiza que a saúde deve preceder a assistência. Para Michael Porter, doutor de economia pela Universidade de Harvard, e Elizabeth Olmsted Teisberg, pós-doutora pela Universidade da Virginia, ambos autores de Repensando a saúde, estratégias para melhorar a qualidade e reduzir os custos, é cada vez mais latente a necessidade de se medir e a minimizar o risco de doenças, oferecer um gerenciamento abrangente de doenças e disponibilizar serviços de prevenção para todos, inclusive aos saudáveis.

Neste escopo, segundo os especialistas norte-americanos, a saúde não pode envolver meramente a assistência, mas sim a preparação para o serviço (que aumenta a eficiência da cadeia de valor), a intervenção, a recuperação, o monitoramento/gerenciamento da condição clínica, a promoção ao acesso, a mensuração de eesultados, e, por fim, a disseminação da informação. O argumento parte da comprovação de que, a cada dólar investido em prevenção e gerenciamento de doenças crônicas, o retorno é de US$ 2,9, ou seja, um benefício de quase 3 por 1.

Em idosos, inclusive, as vantagens de se investir em prevenção vão muito além da questão financeira. Quando uma pessoa adota hábitos, posturas e atitudes capazes de promover a saúde, prevenir riscos e doenças, fica fácil contabilizar outros benefícios, como a melhora na qualidade de vida, em um período especialmente propício para se desfrutá-la, como a aposentadoria, e o conforto para os familiares, decorrente da autonomia mantida pelo parente mais velho. É muito comum, por ecemplo, a perda de musculatura, associada à osteoporose, comprometer o equilíbrio nesta fase da vida, tanto que os tombos respondem por 61% das entradas de idosos nas emergências, mas a prática de exercícios pode reduzir as chances de quedas e fraturas.

Oito cidades catarinenses já perceberam a importância de combater o sedentarismo e disponibilizaram 25 academias ao ar livre, com acesso gratuito à população. No Continente, estão disponíveis em Florianópolis nos bairros Coqueiros, Estreito, Capoeiras e Balneário, além da Beira-Mar de São José e da Pedra Branca, em Palhoça. A grande demanda por parte do público inclusive levou nossa empresa a inovar em termos de Brasil, inaugurando uma academia integrada, com aparelhos desenvolvidos para adultos, crianças e cadeirantes.

Para 2020, estima-se que as doenças crônicas serão responsáveis por 60% dos custos dos planos de saúde e por 73% de todas as causas de morte. Felizmente, dá para reverter este prognóstico através de programas e serviços que promovam a prática de atividade física, a adoção de hábitos saudáveis e o autoconhecimento. Acredito que é possível fazer uma nova era, com conceitos de promoção da saúde incorporados ao cotidiano, e com maior qualidade de vida para todos.

Renata Zaboran é médica gastroenterologista e desde 2008 atua como diretora-médica e de relacionamento da TopMed.

 


Autor: Renara Zaboran
Fonte: Diário Catarinense

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