A maioria dos gaúchos é contra a retirada das sacolas plásticas do varejo. Este é um dos dados de estudo encomendado pela Agas ao Instituto Segmento Pesquisas, que ouviu consumidores de supermercados de ambos os sexos, de todas as faixas de renda e de idade, para saber o impacto das sacolinhas de plástico no cotidiano da população e a percepção dos consumidores sobre a eventual proibição destes itens no varejo.

A pesquisa mostra que 42,8% da população é definitivamente contra a proibição das sacolas plásticas, e outros 38,3% são favoráveis à retirada das sacolas somente quando houver uma alternativa comprovadamente eficaz para substituí-las. Os números mostram, portanto, que 81,1% dos consumidores se posicionam contra a proibição do uso das sacolas plásticas atualmente.

Segundo o presidente da Agas, Antônio Longo, a força do hábito e o caráter multiuso das sacolas plásticas foram os dois principais motivos para o resultado. ‘95% dos gaúchos usam sacolas plásticas para carregar suas compras. A utilidade da sacola plástica vai muito além deste uso, já que elas têm um papel fundamental no destino e na reciclagem do lixo, são utilizadas para proteger produtos da chuva, e possuem uma série de outras formas de reutilização’, lembra o dirigente.

Reutilização atinge toda a população

Longo: ‘Proibir a sacola plástica é simplesmente trocar a cor do saco do lixo’

Segundo a pesquisa, 97,7% dos entrevistados afirmaram que reutilizam, de alguma forma, as sacolas plásticas. Os outros 2,3% não responderam a esta questão.

‘Quase 100% dos gaúchos acondicionam seu lixo doméstico em sacos plásticos. Isto é, se simplesmente eliminarmos as sacolas plásticas do varejo, estaremos na prática apenas trocando a cor do saco de lixo, de branco para azul ou preto”, defende Longo.

Quando perguntados objetivamente se são favoráveis à proibição da distribuição das sacolas plásticas, 63,2% dos ouvidos dizem ser contra esta proibição, enquanto 36,8% são favoráveis ao veto aos sacos plásticos.

Quanto às alternativas que os supermercados estão oferecendo ao saco plástico, 64,8% dos entrevistados disseram conhecê-las. A maioria citou as sacolas de pano e as biodegradáveis. Somente 35,2% desconhecem estas alternativas.