O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, anunciou uma série de mudanças para aumentar o acesso ao tratamento da Hepatite C pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que passam a valer a partir do dia 18 de julho.
Segundo o ministério, deve haver a ampliação do uso do medicamento interferon peguilado, e a biópsia prévia para o tratamento em alguns casos não será mais necessária.
Desde 2007, garantia a extensão do uso do interferon estava condicionada à aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora, o médico que acompanha o paciente poderá prescrever a continuidade do tratamento, de acordo com os critérios estabelecidos no novo documento.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, há 11.882 pessoas em tratamento e a ampliação do uso do medicamento para portadores de outros genótipos do vírus beneficiará pelo menos outros 500 pacientes ainda neste ano.
Mais sobre o tratamento
Estimativas do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais apontam que a mudança trará cerca de 3,5% de impacto sobre os gastos atuais, que hoje estão em torno de R$ 17,7 milhões com o insumo produzido por dois laboratórios privados.
Hoje, um tratamento com duração de 48 semanas com o interferon peguilado chega a custar R$ 23 mil ao SUS. Um paciente com hepatite C é tratado por até 72 semanas.
A hepatite C é uma doença que acomete o fígado, transmitida por transfusão de sangue ocorrida antes de 1993, seringas ou aparelhos perfurocortantes contaminados. A infecção também pode ser transmitida pela via sexual em relações desprotegidas. Confira o vídeo.