Teste respiratório: novo exame rápido e não-invasivo ajuda a detectar quais pessoas já foram infectadas pelo vírus influenza H1N1 (Thinkstock)

Um novo teste respiratório - rápido, simples e não-invasivo - pode ajudar a identificar quem precisa se vacinar contra o vírus da gripe H1N1 (gripe A) e quem já foi infectado pelo vírus. Com o exame, os pesquisadores pretendem reverter os problemas da escassez de vacinas que costumam acontecer em casos de pandemias. A pesquisa foi publicada no periódico científico Journal of Breath Research.

O teste respiratório identifica e mesura a concentração de biomoléculas de óxido nítrico, cuja produção já havia sido relacionada com infecções pelo vírus H1N1. Nas fases de teste, participaram 11 voluntários, dos quais nove receberam a vacina e fizeram o exame respiratório diariamente durante sete dias.

Os resultados mostraram um pico nos níveis do óxido nítrico em todos os indivíduos no terceiro dia após a vacinação. Não havia diferenças significativas em nenhum dos outros dias. Resultados anteriores já mostravam que o maior número e gravidade de sintomas relacionados à infecção por H1N1 ocorrerem no terceiro dia - o que sugere que é quando uma resposta imune é desencadeada no organismo.

Pandemia - Uma pesquisa publicada mês passado aponta que mais da metade das pessoas em Glasglow vacinadas durante a pandemia da gripe por H1N1 em 2009 já estavam infectadas com o vírus. Isso significa que elas foram vacinadas desnecessariamente, já que a vacina serve para prevenir e não para tratar a doença.

Essas vacinações não teriam, no entanto, prejudicado as pessoas envolvidas, mas sim as autoridades de saúde locais. Isso porque elas tiveram de ministrar as vacinas de maneira rápida e efetiva, quando havia limitação de suprimentos. O novo teste respiratório poderia, portanto, ajudar a evitar vacinações desnecessárias e a priorizar as pessoas que realmente precisam se imunizar.