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22/07/2011

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Plano que prevê abertura de 2,5 mil vagas para médicos precisa ser amplamente debatido

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, analisou em entrevista à Rádio FENAM o Plano Nacional de Educação Médica, desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e da Educação na busca de aumentar o número de médicos por habitante e enrijecer o processo da abertura de vagas que formam esses profissionais. A proposta foi oficialmente apresentada no início do mês aos conselhos nacionais de Educação e Saúde.

Atualmente no país existe 1,8 médico para cada mil habitante, sendo que a cada ano 16,5 mil se graduam. A meta dos Ministérios é elevar este dado para 19 mil/ano e alcançar 2,5 médicos para cada mil pessoas até 2030. Mas para Cid Carvalhaes, qualquer avaliação que se faça a partir de números é falha a princípio, pois não se consegue grandes definições. Segundo ele, o Plano é bastante válido, mas ainda em desenvolvimento, necessita ser amplamente discutido.

"Não se pode falar em número de médicos sem tomar em conta um mecanismo formador sólido. Não se tem até hoje um inventário de médicos no país, que demonstre exatamente onde eles estão, como são formados, quais são os mecanismos de fixação dos médicos e quais as formas especiais desta fixação, bem como as funções que estão sendo exercidas. Nós, entidades médicas, temos discutido este aspecto nos dois Ministérios e entendemos que é preciso um documento muito claro e incontestável , juntamente com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou Fundação Fetúlio Vargas( FGV). A partir disso poderemos apurar o número real de médicos e o que realmente é necessário."

Outro ponto levantado são as áreas que necessitam de maior atenção, onde o Governo pretende expandir as oportunidades em cursos de medicina. As regiões Norte e Nordeste são foco principalmente se comparadas com Rio de Janeiro e Brasília a partir dos dados. A própria circunstância geopolítica e social do país explica a situação.

"O Sul e o Sudeste, regiões de grandes metrópoles, concentram aproximadamente 70% de profissionais de medicina do país como também faculdades semelhantes e número de vagas de residentes que supera este percentual, o que torna o acesso mais facilitado. É relevante saber de que tipo de profissional o Brasil precisa e fazer com que esta demanda seja atendida com uma distribuição adequada e justa de médicos.Temos que levar em conta as condições técnicas de atendimento,criação de uma Carreira de Estado e plano de cargos e carreira", afirma o presidente da FENAM.

Cid Carvalhaes apontou ainda que o grande problema enfrentado é sobre o financiamento da saúde com recursos insuficientes, e mais do que isso uma má gestão de como estes recursos são utilizados. "Sabemos que hoje mais de dois terços das faculdades de medicina estão formando médicos com capacidade técnica insuficiente e as novas não obedecem a critérios de abertura, o número de disponibilidade de vagas de residência não atende a demanda de aproximadamente 40 % dos formados. Temos que encarar a situação de uma maneira muito ampla. Não dá para se pensar que tudo se resolverá com maior ou menor número de médicos, maior ou menor de número de faculdades".


Autor: Fernanda Lisboa
Fonte: FENAM

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