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Brasil tem mais casos de depressão grave entre países de baixa renda
 
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26/07/2011

Brasil tem mais casos de depressão grave entre países de baixa renda

Relatório aponta incidência da doença em 18 países; prevalência dobra entre mulheres

Um relatório realizado com informações de 18 países – dez de alta renda e oito com renda baixa ou média –, incluindo o Brasil, mostrou que o episódio depressivo maior (MDE, na sigla em inglês) é uma preocupação da saúde pública em todas as regiões do mundo e que ela tem ligação com as condições sociais em alguns países.

Os resultados desse estudo foram apresentados no artigo Epidemiologia transnacional do MDE, publicado nesta terça-feira (26) na revista BMC Medicine e divulgados pela Agência Fapesp.

A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas psicológicos e físicos, associada a altos índices de comorbidades médicas, incapacitação e mortalidade prematura.

Os países foram divididos em dois grupos: alta renda (Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos) e baixa e média renda (Brasil – com dados exclusivamente de São Paulo –, Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul e Ucrânia).

10,4% dos brasileiros tiveram depressão maior no último ano

De acordo com o relatório, nos dez países de alta renda incluídos na pesquisa, 14,6% das pessoas, em média, já tiveram MDE. Nos 12 meses anteriores, a prevalência foi de 5,5%. Já nos oito países de baixa ou média renda considerados no estudo, 11,1% da população teve episódio alguma vez na vida e 5,9% nos 12 meses anteriores. A maior prevalência nos últimos 12 meses foi registrada no Brasil, com 10,4%. A menor foi a do Japão, com 2,2%.

O trabalho faz parte da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) que integra e analisa pesquisas epidemiológicas sobre abuso de substâncias e distúrbios mentais e comportamentais. O estudo é coordenado globalmente por Ronald Kessler, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

A pesquisa São Paulo Megacity Mental Health Survey, que gerou para o relatório os dados relativos ao Brasil, foi financiado pela Fapesp e encerrado em 2009.

Segundo Maria Carmen Viana, professora do Departamento de Medicina Social da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), uma das autoras da pesquisa, o projeto avaliou 5.037 pessoas moradoras de São Paulo.

- No estudo São Paulo Megacity estimamos que 44,8% da população já apresentou pelo menos uma vez na vida algum transtorno mental. Nos 12 meses anteriores à entrevista, a prevalência foi de 29,6%.

Segundo o levantamento transnacional, a depressão maior é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo.

- Os dados epidemiológicos, no entanto, não estão disponíveis em muitos países, em especial os de baixa e média renda, como o Brasil. Por isso é tão importante termos esse tipo de estudo de base populacional.

Prevalência é duas vezes maior entre as mulheres

Os resultados do estudo mostraram que, nos países de alta renda, a idade média de início dos episódios de depressão maior foi de 25,7 anos, contra 24 anos nos países de baixa e média renda.

O estudo também revelou que a prevalência é duas vezes maior entre as mulheres em relação aos homens. Nos países de alta renda, a juventude está associada com uma prevalência mais alta de depressão nos 12 meses anteriores à entrevista. Por outro lado, em vários dos países de baixa renda, as faixas etárias mais altas mostraram ter maior probabilidade de episódios depressivos.
Separar-se de um parceiro, por exemplo, teve relação mais forte com o MDE nos países de alta renda. Nos países de baixa e média renda, os fatores mais importantes foram as condições de divórcio e viuvez.


Autor: Saúde
Fonte: R7

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