Impressionado pelos pacotes de estímulo tributário do Governo Federal, o deputado brasiliense José Antônio Reguffe pediu informações ao Ministério da Fazenda. Não, não era sobre a renúncia fiscal decorrente das concessões às indústrias, mas sobre os tributos incidentes sobre os medicamentos. Ficou sabendo que o peso médio dos impostos sobre os remédios chega a 35,7%. Ou seja, de cada R$ 100 pago na farmácia, R$ 35 vão para o governo. Dá R$ 3 bilhões por ano.
Já o custo do pacote de estímulo às indústrias, diz Reguffe, chega a R$ 25 bilhões. A indústria automobilística deixará de pagar uma fatia substancial do IPI. “Todos os setores beneficiários desses incentivos já admitiram que nada disso será repassado ao consumidor”, afirma Reguffe. Em outras palavras, o governo prefere retirar R$ 25 bilhões do que a indústria recolhe do que R$ 3 bilhões do que os enfermos pagam, embutidos nos remédios. Informações do Jornal de Brasília.