.
 
 
Você sabia que um simples analgésico pode interferir em seu DNA?
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


14/05/2009

Você sabia que um simples analgésico pode interferir em seu DNA?

Medicamentos básicos também trazem riscos, dizem especialistas

Um estudo realizado por Brambilla e Martellia, a ser publicado em julho na revista cietífica Pharmacological Research, realizou novos testes para medir os malefícios do uso de anti-inflamatórios não-esteróides e analgésicos opióides em longo prazo.Os anti-inflamatórios não-esteróides e analgésicos opióides são medicamentos utilizados para situações patológicas sérias, que requerem, muitas vezes, a administração em longo prazo. Os anti-inflamatórios não-esteróides são indicados para o alívio de dor leve a moderada e para doenças inflamatórias crônicas. Já os analgésicos opióides são derivados do ópio e são os medicamentos mais poderosos no combate à dor, contudo, devem ser utilizados com ressalva, devido ao risco de desenvolver dependência.  

Entidades reguladoras da Europa, dos Estados Unidos e Japão recomendam que todos os medicamentos que possam ter a capacidade de alterar o DNA (genotoxicidade) ou gerar câncer (carcinogenicidade) sejam avaliados por um período de seis meses, antes do pedido de comercialização por parte das empresas.

Diretrizes atuais sugerem que uma bateria de testes deve ser padrão para a análise dos medicamentos analgésicos. Essa bateria de testes consiste de três etapas: primeiro, teste de mutação genética em bactérias; segundo, teste citogenético experimental (in vitro) com avaliação de danos cromossômicos em mamíferos; e terceiro, um ensaio com seres vivos para avaliar o dano cromossômico em células-tronco de roedores.

Dessa forma, no estudo realizado por Brambilla e Martellia, dados foram coletados considerando uma lista com mais de uma centena de drogas comumente utilizadas, com base em extensa revisão bibliográfica.

Dos 120 medicamentos analisados e com estudos científicos publicados, os autores estimaram que cerca de 48% não apresentavam qualquer possibilidade de serem tóxicos ao DNA ou de ocasionarem câncer. Por outro lado, os 52% restantes apresentaram ao menos um teste positivo de genotoxicidade ou carcinogenicidade, variando de acordo com o tempo de uso. Isso equivale a 62 medicamentos que figuram entre os mais utilizados, entre esses medicamentos, estão incluídos a aspirina, codeína e dipirona sódica.

Os autores afirmam que ninguém deve parar de tomar os medicamentos prescritos por seus médicos, contudo, um ponto parece consenso: mais testes devem ser feitos para analisar as consequências do uso prolongado de analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos e demais medicações de uso frequente. 

 

Referência
 

BRAMBILLA, G.; MARTELLIA, A.Genotoxicity and carcinogenicity studies of analgesics, anti-inflammatory drugs and antipyretics. Pharmacological Research, v. 60, n. 1, p. 1-17, jul. 2009. 

 

 


Autor: Fábio P. de Brito e Guilherme Wendt - Equipe SIS.Saúde
Fonte: Pharmacological Research

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581