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Pesquisa genética vê características desconhecidas da esclerose múltipla
 
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12/08/2011

Pesquisa genética vê características desconhecidas da esclerose múltipla

Cientistas confirmam que neurônios são atacados pelo próprio corpo. Estudo envolveu quase 250 pesquisadores e 10 mil pacientes

O maior estudo genético já feito sobre a esclerose múltipla foi divulgado nesta semana e promete oferecer novas possibilidades de tratamento para a doença no futuro. A pesquisa confirmou que 23 regiões de genes, que já eram suspeitas, têm relação com a enfermidade. Outros 29 novos locais foram descobertos no levantamento publicado nesta quarta-feira (10) pela revista científica “Nature”.

Na esclerose múltipla, ocorrem lesões na chamada "bainha de mielina", uma camada que protege os neurônios.

A doença ataca o sistema nervoso central, ou seja, cérebro e medula espinhal. Os danos podem acarretar piora em funções básicas, que vão desde o controle do intestino e da bexiga até a visão.

O que os cientistas ainda não sabem é o que leva à deflagração da esclerose múltipla.

Nesta pesquisa, feita por um grupo internacional liderado por cientistas das universidades inglesas de Cambridge e Oxford, a análise genética minuciosa levou a avanços no conhecimento da síndrome. Entre as descobertas, está a confirmação de que essa é uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo ataca a bainha de mielina.

“Identificar a base da susceptibilidade genética de qualquer condição médica gera uma compreensão confiável dos mecanismos da doença. Nossa pesquisa encerra um longo debate sobre o que acontece primeiro na sequência complexa de eventos que leva à incapacidade na esclerose múltipla. Agora está claro que a esclerose múltipla é, primariamente, uma doença imunológica. Isso tem implicações importantes para futuras estratégias de tratamento”, disse Alastair Compston, um dos autores principais do estudo.

A pesquisadora brasileira Maria Fernanda Mendes, membro do Departamento de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia e professora assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, comentou a pesquisa para o G1.

Ela concorda que os avanços obtidos pela pesquisa têm potencial para auxiliar nos tratamentos clínicos, principalmente se novos estudos avançarem a partir das novas descobertas.

O estudo localizou antígenos, moléculas cuja presença pode indicar tendência para alguma doença. Ela destaca, porém, que essas moléculas não são sempre necessariamente ruins.

“Esses antígenos podem estar associados de uma forma maléfica para uma doença e protetora para outra”, ponderou a neurologista.

A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e é a doença neurológica mais comum entre jovens adultos. O trabalho, que envolveu quase 250 pesquisadores, acompanhou 9.772 pacientes diagnosticados com o mal e outras 17.376 pessoas saudáveis como grupo controle. A pesquisa foi conduzida em 15 países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido e Suécia.

 


Autor: Tadeu Meniconi
Fonte: G1

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