Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Casartelli: carteira aumenta controle sobre doença falciforme
Foi lançada nesta terça-feira, 16, pelo secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, a carteira de saúde para pessoas com doença falciforme, com tiragem inicial de mil exemplares. As carteiras serão distribuídas aos serviços de atendimento a portadores da doença, como o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (Hmipv), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Grupo Hospitalar Conceição. Mais adiante, a tiragem será ampliada conforme a necessidade.
Casartelli fez o lançamento na abertura do seminário A Doença Falciforme e o SUS – Conhecer para Atender Melhor, realizado no Espaço de Convergência da Assembleia Legislativa, pelo gabinete do deputado Raul Carrion para assinalar o Dia Estadual de Sensibilização à Doença Falciforme. Destacou que o documento, desenvolvido pela área técnica de Saúde da População Negra da Assessoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), servirá de orientação aos profissionais que assistem os pacientes e de modelo para outros serviços municipais de saúde.
“A carteira tem o objetivo de aumentar o controle sobre a doença, esclarecer profissionais de saúde e familiares dos pacientes sobre sinais e sintomas, além de possibilitar anotações de interesse para a identificação dos problemas relacionados”, afirmou Casartelli. “Isso significa dizer que é explícita a necessidade de acompanhar essas pessoas ao longo de suas vidas, ampliando a sua autonomia e tentando diminuir as consequências de viver com a doença falciforme.” O secretário ressaltou que um grupo de trabalho sobre doença falciforme atua desde o segundo semestre de 2010, com a participação de representantes da SMS e dos hospitais de referência para tratamento – Hmipv, Clínicas e Conceição.
Gestão elogiada - As iniciativas da atual gestão municipal de Saúde foram elogiadas pela deputada estadual Marisa Formolo (PT) e por Stênio Dias Pinto Rodrigues, que representou o Ministério da Saúde e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS. “O secretário Casartelli tem sido pioneiro em vários projetos que são modelos de soluções”, frisou a deputada, citando como exemplo os esforços que estão sendo feitos para ampliação de leitos hospitalares. “Pessoas fazem a diferença, e governos fazem a diferença”, disse Rodrigues ao destacar “a sensibilidade da administração de Saúde de Porto Alegre” na busca de igualdade nas políticas públicas, lembrada por ele como “uma luta histórica da população negra”.
Doença Falciforme - Causada por uma modificação genética, a doença falciforme atinge em maior número os afrodescendentes. É hereditária e os portadores nascem com a enfermidade. Em vez do pigmento chamado hemoglobina A dentro dos glóbulos vermelhos, o sangue dessas pessoas produz o pigmento denominado hemoglobina S. Os principais sintomas são anemia crônica, cor amarelada da pele, inchaços nos punhos e tornozelos e dores em músculos e articulações.
O diagnóstico é feito em bebês pelo teste do pezinho, realizado na primeira semana de vida e que tem no Hospital Presidente Vargas um serviço de referência para todo o Estado. No Rio Grande do Sul, o índice da doença é de 1 para 10 mil bebês. Os casos positivos têm de ser cadastrados em um serviço de referência, hemocentro ou hospital público, para acompanhamento permanente por equipes multiprofissionais.
