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Nova definição médica
 
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18/08/2011

Nova definição médica

Vício agora é doença

Recentemente, especialistas criaram uma nova definição de vício: agora, o vício é uma desordem cerebral crônica e não simplesmente um problema de comportamento que pode envolver álcool, drogas, jogos de azar ou sexo.

A Sociedade Americana de Medicina do Vício (ASAM, na sigla em inglês) acaba de lançar esta nova definição após um processo de quatro anos envolvendo mais de 80 especialistas.

“Na sua essência, o vício não é apenas um problema social, ou moral ou criminal. É um problema cerebral cujos comportamentos se manifestam em todas essas outras áreas”, explica o Dr. Michael Miller.

A nova definição também descreve o vício como uma doença primária, o que significa que não é o resultado de outras causas, como problemas emocionais ou psiquiátricos. E, como doenças cardiovasculares e diabetes, o vício é reconhecido como uma doença crônica, e portanto deve ser tratado, gerenciado e monitorado ao longo da vida de uma pessoa.

Duas décadas de avanços na neurociência convenceram os especialistas de que o vício deve ser redefinido, baseado no que acontece no cérebro do viciado.

Por exemplo, pesquisas mostraram que o vício afeta os circuitos de recompensa do cérebro, de tal forma que as memórias de experiências anteriores com comida, sexo, álcool e outras drogas ativam o desejo e mais comportamentos de dependência.

Circuitos do cérebro que governam o controle do impulso e o julgamento também são alterados nos cérebros de viciados, o que resulta na busca sem sentido de “recompensas”, como o álcool e outras drogas.

Um longo debate discute se os viciados têm ou não uma escolha sobre os seus comportamentos. “A doença cria distorções no pensamento, sentimentos e percepções, que levam as pessoas a se comportar de maneiras que não são compreensíveis para os outros ao seu redor”, disse o médico Raju Hajela. “Simplesmente, o vício não é uma escolha. Comportamentos de dependência são uma manifestação da doença, não uma causa”, conclui.

Mesmo assim, Hajela e outros especialistas apontam que a escolha tem um papel e é importante na hora de obter ajuda.

Como não existe uma pílula que pode curar a dependência, a escolha de recuperação dos comportamentos insalubres é necessária. Esta “escolha de recuperação” é semelhante a pessoas com doenças cardíacas que não escolheram as causas genéticas de seus problemas de coração, mas optam por comer mais saudável, ou começar a se exercitar, além de intervenções médicas ou cirúrgicas.

“Temos que parar de moralizar, culpar, controlar a pessoa com a doença do vício, e começar a criar oportunidades para os indivíduos e as famílias obterem ajuda e assistência na escolha de tratamento adequado”, finaliza Miller.


Autor: Hypescience
Fonte: Hypescience

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