A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Capital adiou para a próxima terça-feira (13) a apresentação da proposta oficial de um cronograma para  colocação de guardas nos postos e de aumento na remuneração. Dirigentes do Sindicato Médico do RS (SIMERS) e representantes dos médicos das equipes se reuniram na tarde desta sexta (9), na sede da SMS, com o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio, e diretores da Fundação Universitária Cardiologia, que faz a gestão do programa.

A diretora do Sindicato Adriana Rojas ressaltou que as reivindicações buscam a melhoria da assistência à população. "A presença de guardas desarmados garantirá o funcionamento e a permanência dos médicos, que hoje estão pedindo demissão ou perderam o interesse em atuar nas equipes", ressaltou Adriana. A dirigente citou que há dezenas de ESFs sem os profissionais. "Está em jogo a eficácia do programa", reforçou a diretora.

A segurança é defendida pelo SIMERS há mais de cinco anos ante a crescente violência. A medida foi prometida há duas semanas pela SMS. Bósio informou que estão sendo finalizados os estudos pela Administração para contratação de mais guardas dentro de um contrato já existente. "Vamos elencar no documento os oito primeiros postos que terão a proteção", adiantou o secretário adjunto. 

Desde 2006, são 49 casos na Capital, entre assaltos, roubos, agressões, ameaças e furtos. Em 2010, uma médica foi baleada em um posto de ESF. A direção do Sindicato alerta que a violência continua a afastar médicos das equipes de estratégia de Saúde da Família (ESF). Logo após receber o documento com as propostas, o SIMERS deverá chamar uma assembleia para análise e posição da categoria, possivelmente na próxima semana.