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20/05/2009

Hepatites B e C

Doença muitas vezes assintomática, atinge 6 milhões de Brasileiros

Silenciosas e, muitas vezes assintomáticas, as hepatites (inflamação no fígado) B e C atingem pelo menos 6 milhões de brasileiros, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). O diagnóstico precoce é a melhor arma contra a doença, que, em estágio avançado, pode provocar graves problemas de saúde, como a cirrose hepática, e progredir até a morte. De 1996 a 2005, 7.173 pessoas vítimas do tipo C perderam a vida, enquanto entre 2001 e 2007 o vírus B provocou a morte de 3.429. De 1999 a 2007, foram confirmados 107 mil casos do tipo B e 102 mil do vírus C.

Apesar da gravidade dos números, apenas 20,5 mil pacientes recebem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A baixa adesão é justificada pelo não diagnóstico e pela necessidade de uma avaliação médica para iniciar a medicação. Não há dados consolidados sobre a hepatite A, forma mais comum da enfermidade. As informações são do Ministério da Saúde, que realiza até 24 de maio a Semana de Luta contra as Hepatites Virais.

Enquanto a hepatite A é transmitida pelo vírus HVA, comum em fezes e na boca de pessoas contaminadas, os tipos B e C são transmitidos pelo sangue. "É preciso conscientizar a população sobre as formas de prevenção e diagnóstico precoce da doença. A hepatite B, por exemplo, pode ser transmitida em salões de beleza, dentistas e em cirurgias. Os exames, que são realizados gratuitamente na rede pública de saúde, são importantes formas de evitar sérios problemas de saúde", afirma Ricardo Gadelha, coordenador do Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das de Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Somente com um dos fármacos - o interferon - utilizado no tratamento da hepatite C, a pasta gastou R$ 240 milhões em 2008. No ano anterior, foram destinados para a compra do mesmo remédio R$ 212 milhões. "Como a compra das drogas utilizadas para combater o tipo B é descentralizada aos municípios e estados, não temos uma estimativa", diz Gadelha, lembrando que o ministério deve baixar nos próximos dias uma portaria com um novo protocolo clínico para a hepatite B. "Como o tratamento estava desatualizado, vamos inserir novas e melhores drogas."

Surpresa

Foi em agosto de 2005, recém-casada, que a bancária Ana Paula Barcellos, 31 anos, descobriu ser portadora do vírus da hepatite C, genótipo 1, forma mais comum e resistente. O diagnóstico foi confirmado com surpresa. "Tenho uma madrinha que tem a doença, mas nunca imaginei que pudesse ser portadora", diz, lembrando que a hepatite foi contraída durante uma transfusão de sangue, submetida quando tinha 8 anos, depois de uma cirurgia no pulmão. "Foi desesperador, mas, apesar da doença, nunca fui tão feliz como agora. Decidi que vou viver e ser feliz."

Ela iniciou o tratamento em novembro de 2008 e foi medicada durante 27 semanas. Apesar de ainda não ter conseguido eliminar o vírus, ela não desanima. "Vou continuar lutando", diz Ana, que estendeu sua luta à internet. Ela criou, em abril, o blog Animando-C (www.animando-c.blogspot.com), com informações sobre a hepatite e relatos pessoais.

Distrito Federal

Inquérito de soroprevalência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e OMS revelou que no Distrito Federal 1,03% da população (aproximadamente 25 mil pessoas) é portadora da hepatite C, enquanto o tipo B atinge 0,3% dos moradores (5 mil) da capital. Destas, apenas 192 pacientes recebem tratamento no DF, sendo 90 (tipo B) e 102 (tipo C). "Quem se submeteu a transfusão de sangue antes de 1993 e manteve relação sexual sem preservativo deve fazer o exame", orienta Sonia Geraldes, chefe do Núcleo de Hepatites Virais do DF.

Vítimas

7.173 pessoas morreram no Brasil entre 2001 e 2007 devido ao vírus do tipo B.


Autor: Rodrigo Couto
Fonte: Correio Braziliense

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