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Transtornos psiquiátricos podem prejudicar o tratamento do câncer
 
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30/09/2011

Transtornos psiquiátricos podem prejudicar o tratamento do câncer

Especialistas da CliniOnco alertam para a importância dos cuidados com os fatores emocionais em pacientes com o diagnóstico


Estudos do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) mostram que quase 50% dos pacientes com câncer
desenvolvem algum transtorno psiquiátrico. Isso porque o câncer e seus tratamentos representam uma fonte grande de estresse. De acordo com a médica da Unidade de Psiquiatria da CliniOnco, Janine Marques Conceição, o período que esse transtorno costuma acontecer é, geralmente, após o diagnóstico da doença. Estes sentimentos são esperados e entendidos como uma reação “normal” quando a pessoa toma consciência do câncer e os tratamentos que irá enfrentar. Segundo Janine, as pesquisas e a experiência clínica mostram que os fatores emocionais, não tratados, podem influenciar negativamente no curso do tratamento e da doença. “Em todas as situações em que ocorrer um desequilíbrio com prejuízo ao paciente, é recomendado o auxilio de um psiquiatra” analisa.


No entanto, além do tratamento em psiquiatria, a avaliação da necessidade de um acompanhamento psicológico é fundamental para a recuperação do equilíbrio. Na CliniOnco, a  psicóloga especialista em psico-oncologia Carla Mannino, coordena há oito anos, o grupo ComVida que é um grupo de apoio ao paciente durante e após o tratamento. Segundo a psicóloga, o objetivo da terapia em grupo é oferecer ajuda mútua entre os participantes. Não se trata de uma psicoterapia propriamente dita, mas quando se compartilha sentimentos entre iguais, isso tem uma condição de ajuda que é terapêutica e se mostra bastante eficiente. Os pacientes participam porque querem, através da ajuda ao outro, também ajudarem a si próprios. Ouvir de alguém que já passou pela mesma situação é muito bom, faz com que se acredite que é possível vivenciar a realidade do câncer tendo uma vida com qualidade em vários níveis, inclusive emocionalmente” afirma.

 
Para Tânia Rodrigues, paciente da CliniOnco, essa realidade se confirmou. “Quando recebi o diagnóstico de que eu estava com câncer de mama fiquei em choque e sem saber exatamente o que isto iria significar na minha vida”, confirma. Mas, já na primeira consulta, Tânia conseguiu conversar sobre todos seus medos e traumas e, principalmente, o sofrimento de ter um câncer, que a deixava com a auto-estima muito baixa. “Após algumas consultas, eu já me senti bem melhor, mais confiante no tratamento e em mim mesma. Passei a ver que eu era muito mais do que aquela doença, que eu era forte, decidida e muito amada por todos que me conheciam e que eu venceria a doença”, relembra.

Práticas - Conforme a médica da Unidade de Psiquiatria da CliniOnco, existem muitas práticas terapêuticas, que são utilizadas e escolhidas para cada tipo de paciente, dependendo de suas necessidades, estado físico e psicológico. “As terapias podem ser individuais ou em grupo. Também podem ser de apoio, comportamental e lúdica. Além do tratamento individual, as atividades em grupo oferecem um ganho, já que todos os participantes têm ou tiveram câncer”, conta.

 

Resultados - A melhora dos pacientes que apresentam alguma demanda psiquiátrica, com o tratamento medicamentoso e as terapias propostas, é grande. Janine Marques Conceição, destaca que os índices dependem de vários fatores. “Se tivermos um paciente com um câncer agressivo , muitas vezes não é possível que ele evolua nas fases emocionais e por vezes até não tenha condições para receber a ajuda, o que é muito diferente em um paciente com um câncer que foi diagnosticado em fase inicial, que consegue ter uma intervenção rápida , comprometimento físico menor e até a cura, e que terá evolução longa e com os ganhos das terapias a longo prazo, para sua nova vida”, finaliza.


Autor: Eduardo Wolff
Fonte: Usina de Notícias

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