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07/10/2011

Em 2030

Doença pulmonar crônica será terceira maior causa de morte no mundo em 2030

Falta de ar pode indicar que você acabou de ver a pessoa por quem é apaixonada, mas também pode ser sintoma de uma doença pulmonar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) será a terceira causa de morte no mundo em 2030.  

Por isto, a DPOC, que abarca a bronquite crônica e a enfisema, foi um dos principais temas do congresso anual da Sociedade Respiratória Européia (European Respiratory Society), que ocorreu no final de setembro em Amsterdã, Holanda. O mais preocupante é que metade dos (estimados) 210 milhões de pessoas que têm a doença não sabe.

“Muitos fumantes acreditam que pigarro e tosse são normais em quem fuma, mas este é o primeiro sintoma da DPOC. Quanto antes é iniciado o tratamento, menos danos há no pulmão já que a doença não tem cura”, conta o pneumologista José Roberto Jardim, diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da Unifesp (Universidade Federal Paulista). 

Apesar de 85% dos casos da doença serem relacionados ao tabagismo, o uso de madeira para gerar energia e calor em países como a Índia, além de fatores genéticos, também são responsáveis pelo aparecimento da DPOC.

“A doença causa obstrução do fluxo do ar durante a respiração e não é reversível. Fica silenciosa até cerca dos 50 anos e afeta principalmente mulheres acima desta idade”, explica Christine Jenkins, professora de doenças respiratórias da Universidade de Sydney, na Austrália.

De acordo com Mônica Fletcher, presidente da Fundação Europeia para Doenças de Pulmão, o corpo leva de 25 a 30 anos para apresentar os primeiros sintomas da doença. Como a maioria das pessoas começa a fumar aos 13, 15 anos, é com 40 que ela é percebida. “Cerca de 10% das pessoas acima de 40 anos têm DPOC e mais da metade dos pacientes têm entre 40 e 65 anos”, afirma.

Para se ter uma ideia de como é ter a DPOC, John Walsh, presidente da Fundação para DPOC, que tem a doença desde 1989 sugere: “inspire profundamente, ai solte metade do ar e inspire novamente e solte metade do ar inspirado. É assim que uma pessoa com DPOC respira”.

O paciente com DPOC tem lesões nos brônquios, que ficam constantemente inflamados, com produção de muco, e apresenta destruição dos bronquíolos terminais e alvéolos, que perdem sua elasticidade e aprisionam o ar dentro dos pulmões (o que antigamente era chamado de enfisema).

Com esta debilidade, a pessoa fica com cada vez mais dificuldade para respirar e de fazer atividades cotidianas como varrer a casa ou caminhar, podendo chegar a ter que usar oxigênio. Walsh destaca que, além disso, há dificuldade para a prática de exercícios físicos, o que leva a fraqueza muscular. Muitos dos pacientes ficam deprimidos por não poder fazer tais atividades. Isso sem contar com a chance de hospitalização que aumenta conforme a doença avança.

A boa notícia, segundo Jardim, é que a maioria dos pacientes deixa de fumar ao descobrir a doença e mesmo aqueles que não conseguem parar, desde que sigam o tratamento, atrasam a evolução da DPOC. “No Brasil, temos 17%  de fumantes e 35% de ex-fumantes”.

Pesquisa global

Uma pesquisa global, que envolveu 2.426 pessoas, de 45 a 67 anos com DPOC, em seis países (Brasil, China, Alemanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos) constatou que 40% dos pacientes se aposentam antes (4,4 anos em média) por causa da doença. O prejuízo é de 316 mil dólares por pessoa. Acredita-se que metade dos pacientes com DPOC esteja nesta faixa etária.

Três em cada quatro pacientes têm pelo menos uma doença relacionada, 40% deles têm problemas cardíacos, 17,42%, pressão alta e de 18 a 22%, depressão.

Neil Barnes, professor de medicina respiratória do London Chest Hospital, no Reino Unido, afirma que a DPOC afeta as atividades sociais de 34% dos pacientes e que 61% dizem não sair como antes da doença.

 

 


Autor: Lilian Ferreira
Fonte: UOL

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