Estudo norte americano recente divulga uma interessante descoberta, que pode auxiliar em programas de combate ao fumo (KING et al., 2009). A pesquisa sugere que pessoas com a pele mais escura tendem a maior dependência do tabaco. Segundo os autores, esse processo ocorre porque os tecidos contendo melanina retêm mais nicotina, aumentando o grau de dependência.

Para a realização da pesquisa, os cientistas recrutaram 150 fumantes adultos, de pele negra. Os participantes fizeram o Teste de Fagerström, um questionário que mede dependência da nicotina. Os pesquisadores delinearam o estudo com base em pesquisas anteriormente realizadas, que sugeriam uma provável influência da melanina na dependêcia da nicotina.
 
Os resultados dessa análise confirmaram a hipótese de que a concentração de melanina está diretamente relacionada ao número de cigarros fumados por dia. Para os especialistas, esse estudo pode ter implicações importantes para estratégias que visam diminuir a evolução do tabagismo. Mesmo assim, os autores afirmam que mais pesquisas devem ser realizadas.

Além disso, os cientistas ponderam, argumentando que os níveis de dependência também podem ser influenciados por fatores como o consumo de álcool, prática de atividades físicas, gordura corporal, estresse, entre outros. Pois, fatores ambientais e genéticos podem exercer influência ao tabagismo.

Para eles, seria interessante que os estudos fossem efetuados em diferentes épocas do ano para avaliar a hipótese de algum efeito do bronzeamento na dependência da nicotina, ou outros fatores.

Referência

KING, G. et al. Link between facultative melanin and tobacco use among African Americans. Pharmacology Biochemistry and Behavior, v. 92, n. 4, p. 589-596, Jun. 2009.