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Corticoides podem afetar o cérebro de bebês nascidos prematuros
 
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21/10/2011

Corticoides podem afetar o cérebro de bebês nascidos prematuros

Drogas que ajudam a amadurecer os pulmões podem comprometer desenvolvimento do cerebelo

Os bebês prematuros tratados com remédios compostos com esteroides têm um risco maior de sofrerem problemas de crescimento do cerebelo, indica um estudo publicado nesta quarta-feira, 19, na revista Science Translational Medicine.

Usualmente são administradas pequenas doses de glucocorticoides, um tipo de hormônio esteroide, para ajudar no amadurecimento pulmonar, na normalização da pressão arterial e na respiração destes bebês.

Em 2010, a Academia Americana de Pediatria desaconselhou a administração de grandes doses de dexametasona aos bebês depois do nascimento, mas indicou que não havia provas suficientes para fazer o mesmo em relação a outros glucocorticoides.

O estudo atual não encontrou relação de efeitos no desenvolvimento de crianças prematuras cujas mães tomaram betametasona antes do parto.

No entanto, os bebês tratados com pequenas doses de hidrocortisona ou dexametasona depois do nascimento tiveram, em média, um volume 10% menor de cerebelo, uma região do cérebro fundamental para o equilíbrio, aprendizagem motora, linguagem e comportamento.

"Este estudo oferece uma nova evidência de que estes fármacos, inclusive em pequenas doses, se associam à alteração do desenvolvimento do cerebelo quando são administrados nos bebês depois do nascimento", assinalou Emily Tam, neurologista infantil do Hospital de UCSF Benioff e principal autora da pesquisa.

Os impactos a longo prazo sobre o desenvolvimento cognitivo e motor devem ser avaliados através de exames neurológicos e de testes de desenvolvimento quando as crianças já estão em idade escolar, mas, segundo a pesquisa, estudos prévios demonstraram que as crianças prematuras com um volume de cerebelo inferior têm alterações motoras e cognitivas na adolescência.

Para a produção do estudo, foram avaliados 172 bebês prematuros nascidos entre 2006 e 2009, dos quais 85% receberam betametasona antes de nascerem e 20% foram tratados com hidrocortisona ou dexametasona.

Segundo explica o estudo, a betametasona é administrada nas mães para acelerar o amadurecimento pulmonar do bebê, enquanto a hidrocortisona e a dexametasona são usadas nos recém-nascidos prematuros para ajudá-los a manter uma pressão arterial normal e para encurtar o período necessário de entubação ou respiração com a ajuda de aparelhos.

"Infelizmente, não temos bons tratamentos alternativos neste momento. A pressão arterial baixa e a dificuldade para respirar são grandes problemas para os bebês prematuros, com graves consequências a longo prazo para seu desenvolvimento", disse Emily.


Autor: Redação
Fonte: Efe

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