.
 
 
Drogas utilizadas para o tratamento do câncer também ajudam no alcoolismo
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


25/05/2009

Drogas utilizadas para o tratamento do câncer também ajudam no alcoolismo

Especialistas descobriram gene com papel importante na sensibilidade ao álcool

Uma classe de drogas já aprovada para o tratamento de câncer também pode ajudar no combate do hábito de álcool. Essa é a conclusão de uma descoberta em gene de moscas, denominado de “happyhour”, que apresenta um papel importante e previamente desconhecido no controle da resposta aos insetos ao álcool.

Moscas com uma versão mutante do gene cresceram resistentes aos efeitos sedativos do álcool, segundo resultado de pesquisa. Os investigadores informaram evidências adicionais de que o gene atua normalmente bloqueando o padrão do Epidermal Growth Factor (EGF) (Fator de Crescimento Epidérmico). O padrão do EGF é melhor conhecido por seu papel no câncer, e drogas projetadas para inibir o receptor de EGF, inclusive o cloridrato de erlotinibe (nome comercial, Tarceva) e gefitinib (nome comercial, Iressa), são aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration) para o tratamento de células de câncer do pulmão.

Agora, os investigadores mostraram que insetos e ratos tratados com cloridrato de erlotinibe cresceram mais sensíveis ao álcool. Quando essa substância foi administrada livremente em ratos, estes consumiram menos álcool. O interesse deles para outra bebida recompensadora – água com açúcar – não foi afetado.

"Esse é um exemplo muito poderoso de como um modelo de organismo simples e pequeno – a mosca das frutas em particular – pode ser usado para revelar um gene desconhecido para uma terapia potencial em relação ao hábito de drogas”, disse Ulrike Heberlein, da Universidade da Califórnia, São Francisco, (Estado Unidos), notando que cloridrato de erlotinibe e o gefitinib, com outros inibidores do EGFR, não só cruzam a barreira do sangue-cérebro em humanos, mas estes também são bem tolerados em geral.

O álcool é um dos abusos de droga mais popular no mundo, disse a investigadora. Então, compreendendo melhor os fatores genéticos e ambientais que conduzem a esse hábito, haveria benefícios consideráveis para as pessoas que sofrem suas consequências e para sociedade com um todo. Apesar dos efeitos conhecidos do consumo de álcool no comportamento e cognição, a base subjacente para esses efeitos no sistema nervoso está ainda bastante incompleta.

Estudos em humanos apontaram um componente genético forte no alcoolismo, mas identificar os genes específicos responsáveis é um aspecto difícil. Estudos também indicaram que a sensibilidade de uma pessoa ao álcool age como um fator de predição do alcoolismo futuro, com uma relação entre uma resposta inicial baixa e risco maior de hábito. Então, a equipe de Heberlein demonstrou que os genes e padrões envolvidos na resposta aguda ao álcool podem trazer uma compreensão dos fatores genéticos que contribuem com o processo mais complexo do hábito.

Estudos prévios mostraram que a mosca das frutas é uma ferramenta útil para desvendar a base para os efeitos do álcool. Vários genes foram previamente identificados como fazendo um papel na resposta ao álcool por parte da mosca das frutas, semelhantemente aos mamíferos.

Os investigadores escolheram moscas mutantes menos sensíveis ao etanol no estudo. O que os conduziu ao gene denominado de “happyhour”, um gene próximo e relacionado a enzimas de mamíferos conhecidas como Ste20, da família das quinases e da subfamília do GCK-1.

Heberlein comentou que eles ainda não sabem exatamente como álcool revela sua influência no padrão do EGFR ou como isso conduz às mudanças do comportamento com a intoxicação com álcool. Essas perguntas serão tema de investigação futura. A equipe dela também está explorando outros candidatos de gene em moscas. Ela disse que vários desses genes parecem estar ligados ao padrão do EGFR de modos diferentes.

"Não é, contudo, claro como todo esse padrão é ajustado" ela disse. "Mas o fato é que nós observarmos, de um modo imparcial, que há outras moléculas relacionadas nesse padrão, o que é realmente importante".

 

Referência

ScienceDaily. Disponível em: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/05/090521131302.htm

Tradução: Equipe SIS.Saúde

 

Matérias relacionadas publicadas no SIS.Saúde

Quais os efeitos da ingestão de altas quantias de álcool na adolescência?
Pesquisa divulgada pelo CISA aponta que metade dos homens que faziam uso pesado de álcool na juventude permanece com hábito no início da idade adulta


Álcool e drogas são usados contra o estresse, diz pesquisa
Estudo feito com executivos revela que 57% desses profissionais usam esses elementos para aliviar pressões do dia a dia


Estudo inglês aponta os perigos de alta ingestão de álcool
Jovens que bebem demais podem prejudicar a memória


Álcool é tema de reunião da OMS
Encontro visa discutir estratégias para combater uso nocivo de álcool


Álcool: projeto com regras mais rigorosas não avançou
Conheça os principais motivos sobre esta questão


Saúde no ambiente de trabalho
Controle do uso de álcool como uma política de saúde


Criatividade no combate ao alcoolismo
Veja o que está sendo proposto no Reino Unido


Vermelhidão causada pelo álcool
Estudo afirma que rosto vermelho pode ser preditivo de câncer


Estudo sugere: comerciais de cerveja estimulam consumo de álcool por menores
Estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo


Estudo norte-americano
Álcool acelera infecção do vírus da hepatite C


Drogadição no RS x Brasil
Estado é o que mais consome crack e cocaína no país


Álcool x cérebro
Uso e abuso da substância pode causar danos cerebrais


Violência x Álcool e Drogas
Houve crescimento de 20% nos índices de agressões entre 1996 e 2006 em relação à década anterior

 

 

 


Autor: Redação
Fonte: ScienceDaily

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581