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Especialista gaúcha publica pesquisa inédita sobre endometriose
 
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01/12/2011

Especialista gaúcha publica pesquisa inédita sobre endometriose

A especialista Rafaella Petracco espera que o estudo possa ajudar a entender melhor a doença que acomete tantas mulheres inférteis

A endometriose atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, sendo uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial, que reveste o útero internamente, fora da cavidade uterina. A causa exata da enfermidade ainda é desconhecida. A hipótese mais aceita para entender como a doença é causada seria a migração de células endometriais para a cavidade abdominal pelas trompas de falópio durante a menstruação. Os locais mais comuns de implantação são os ovários, trompas de falópio, superfície externa do útero e septo reto-vaginal, entre a vagina e o reto. Outras teorias sugerem alterações do sistema imunológico e mesmo uma herança genética. A paciente com endometriose pode sentir dor pélvica frequente e/ou durante a relação sexual, além disso, pode ter queixas urinárias e intestinais. No entanto, um dos principais sintomas da endometriose é a dificuldade para engravidar.

Recentemente, a especialista em Reprodução Humana do Fertilitat - Centro de Medicina Reprodutiva, Rafaella Petracco, publicou uma pesquisa inédita sobre o tema em conjunto com a Universidade de Yale (EUA). O estudo foi publicado pela revista norte-americana Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism e verificou a presença de um microRNA (que são pequenas porções de RNA) em pacientes com endometriose, que está relacionado com o gene HOXA10. “Este gene está relacionado com implantação embrionária e está diminuído em pacientes com endometriose. Acredita-se que este seja um dos motivos para que as pacientes com endometriose tenham menores taxas de implantação."

“O que vimos foi que o microRNA 135, pesquisado no estudo, está aumentado em pacientes com endometriose e regula o gene HOXA10, podendo ser responsável pela diminuição deste nas pacientes com endometriose”, afirma a especialista. “Todas essas pesquisas são a nível biomolecular, por enquanto não há nada clínico, por isso ainda não temos como aplicar de forma prática”, adianta. “Esperamos que este tipo de pesquisa no futuro possa ajudar no melhor entendimento da fisiopatologia desta doença que acomete tantas mulheres inférteis e, conseqüentemente, aprimorar o tratamento”, almeja Rafaella Petracco. O trabalho foi apresentado pela médica durante o 67º Congresso Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Orlando, ocorrido em outubro deste ano.

Rafaella Petracco atualmente atua no Fertilitat, sendo especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde - Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre. Post Doctoral Research Fellow pela Universidade de Yale (EUA). Fellow do Instituto Valenciano de Infertilidade, Valência (Espanha).

O Fertilitat é pioneiro no campo da reprodução assistida no Rio Grande do Sul e no Brasil. É resultado do trabalho da clínica o nascimento do primeiro bebê de proveta do Estado e do primeiro bebê de congelamento de óvulos por técnica lenta do País. Ao todo, mais de 2,5 mil crianças já vieram ao mundo por meio do trabalho da clínica, que possui 20 anos de experiência.


Autor: Karen Horn
Fonte: Usina de Notícias

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