Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, modificaram um vírus para que ele pudesse atacar e destruir células do câncer, mas sem fazer mal às células saudáveis do organismo. Os vírus foram manipulados para se multiplicar adequadamente, até a quantidade necessária para agir no paciente sem provocar grandes efeitos colaterais. Eles também tiveram suas principais toxinas removidas. O estudo abre as portas para o desenvolvimento, a longo prazo, de um novo tratamento contra tumores, além de novas vacinas de combate a doenças virais.
O mecanismo do microRNA oferece a possibilidade de reprogramar os vírus para a inativação de células específicas. Só recentemente os cientistas conseguiram compreender esse processo e usá-lo em benefício, ainda que futuro, dos seres humanos. MicroRNAs são pequenos RNAs (ácidos ribunocleicos). O RNA é responsável pela síntese de proteínas, e as moléculas de microRNA regulam a estabilidade do RNA mensageiro - que contém as informações para que a célula funcione corretamente. Assim como o DNA é o principal componente de qualquer organismo vivo, o RNA é o principal componente dos vírus.
O estudo da ação viral em células cancerígenas foi feito por cientistas de Oxford e da Universidade Vrije, em Amsterdã. Os resultados mostram que a modificação do microRNA pode ser usada para regular a proliferação do adenovírus, um vírus de DNA usado comumente na terapia contra o câncer. Pesquisas com o adenovírus feitas em ratos em 2007 se mostraram eficazes no combate aos tumores resistentes a medicamentos, mas causaram deficiência hepática nas cobaias.
O professor de tratamento genético da Universidade de Oxford Leonard Seymour e outros cientistas descobriram que introduzir no genoma viral sítios (de ribossomo) que são reconhecidos pela sequência 122 da cadeia de microRNA diminui a habilidade do vírus de afetar o fígado, como efeito colateral. No entanto, a capacidade de se multiplicar e matar células de tumor é mantida. Durante o estudo, os pesquisadores conseguiram estabelecer um mecanismo para manter o vírus em células de tumores, sendo "desligados" em tecidos vulneráveis à doença. Para o professor, as novas descobertas são eficazes, versáteis e permitem uma vasta gama de aplicações no controle da atividade de vírus terapêuticos, "tanto para pesquisas sobre o câncer quanto para fabricar uma nova geração de vacinas".
Vírus modificados para destruir o câncer estão sendo desenvolvidos em grande escala. Seu uso, inclusive, já ganhou nome: viroterapia. Todos os testes foram feitos somente em ratos. Embora tenham apresentado resultados positivos, ainda não é possível usar essa tecnologia na área clínica, pois isso requer reconstruir o vírus para superar problemas de saúde causados por ele no organismo humano. Isso deve levar, no mínimo, dois anos para ser concretizado.
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