Integrando o processo de modernização e qualificação do sistema de saúde pública da Capital, foi realizada na manhã desta sexta-feira, 9, a solenidade de formalização da abertura de 1.077 novos leitos hospitalares na Capital. A iniciativa faz parte de um pacote de investimentos firmados entre a prefeitura e os governos do Estado e federal. O prefeito José Fortunati, o secretário municipal de Saúde, Carlos Henrique Casartelli, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o governador Tarso Genro participaram do evento no Palácio Piratini. (fotos)
Com o objetivo de também humanizar os atendimentos, estão agregados aos investimentos ações voltadas para os dependentes químicos e um projeto piloto chamado S.O.S Emergência, que será realizado no Grupo Hospitalar Conceição. O plano estabelece uma readequação do fluxo e servirá de modelo para todos os atendimentos de urgência.
Segundo Fortunati, a criação dos novos leitos, aliada a iniciativas que estão sendo implementadas na Capital, vai ampliar o atendimento à saúde da população. “A informatização, a regulação dos leitos, que já está em 40% do total, o hospital da Restinga, as UPAs e o trabalho de Estratégia da Família fazem parte deste conjunto de ações para qualificar o sistema de saúde em Porto Alegre”, afirmou o prefeito ao falar da importância de investir no atendimento primário.
Padilha destacou a relevância de integrar as ações voltadas para área. “Temos que focar o trabalho, implementando as ações de forma articulada. Está é a melhor forma de atender integralmente a população”, enfatizou o ministro.
Novos leitos - Até o final de 2013, serão abertos 1.077 leitos em Porto Alegre, distribuídos em toda a rede hospitalar, o que vai beneficiar não só os usuários do SUS que vivem na Capital e na Região Metropolitana mas todo o Rio Grande do Sul. Desse total, 734 leitos clínicos devem ser destinados para retaguarda de emergência, juntamente com outros 121 leitos de UTI. Mais 72 são previstos para observação em atendimentos de urgência e 150 para internações eletivas e internações cirúrgicas. Já no primeiro semestre de 2012, a rede hospitalar deverá contar com 450 novos leitos. No segundo semestre, serão colocados à disposição mais 20 leitos de UTI. Os demais serão implementados em 2013.
UPAs - Para desafogar as emergências hospitalares, a oferta de atendimentos de urgência e emergência será expandida com a construção de quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em Porto Alegre. Cada uma poderá atender até 450 pacientes por dia. A primeira unidade está em fase final de construção, na área do Terminal Triângulo da avenida Assis Brasil. Além de reduzir o fluxo da Emergência do Hospital Conceição, vai facilitar a chegada de pacientes que utilizam o transporte público. As outras unidades, que começam a ser construídas no início de 2012, são a Cairu e Azenha. Já existem em Porto Alegre os Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs); Pronto Atendimento Bom Jesus; Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro e Pronto Atendimento Restinga.
Outros investimentos - Na Estratégia de Saúde da Família, atualmente, 41% da população da Capital recebe cobertura. O Hospital Vila Nova já conta com 47 leitos novos e atende 100% SUS. Está projetado para a unidade mais 220 leitos, sendo 20 de UTI.
No Hospital de Clínicas, está em execução um Plano Diretor, incluindo a construção de nova Emergência, UTI, bloco cirúrgico, ambulatórios e área de ensino e pesquisa. Já está sendo finalizando o novo contrato para ampliação significativa do atendimento nas áreas ambulatorial, especializada e cirúrgica.
Para o Hospital Espírita, a proposta é transformá-lo em Hospital Geral, disponibilizando 50 leitos clínicos e de UTIs na primeira fase, com posterior ampliação para os setores de cirurgia, de exames e de ambulatório especializado.
Nos próximos dias, será finalizado o contrato com a Associação Divina Providência para o início das atividades de reabertura do Hospital Independência, que vai disponibilizar 100 leitos exclusivamente para o SUS, além de obras de readequação física e compra de equipamentos.
No Hospital Luterano, sob a responsabilidade do Hospital de Clínicas, serão mais 52 leitos no início de 2012, sendo 32 leitos clínicos de retaguarda de emergência e 20 leitos para tratamento de drogadição.
E para o enfrentamento do crack, haverá fortalecimento da assistência ambulatorial, com a oferta de Centros de Atendimento Psicossocial e de consultórios de rua, uma estrutura que atua em apoio à rede hospitalar, para reabilitação e reinserção social de pessoas com transtornos emocionais ou dependência química.
