A mortalidade materna diminuiu 48% nos últimos 13 anos em Porto Alegre. A informação foi divulgada no Dia Nacional e Internacional de Combate à Mortalidade Materna (28 de maio), pelo Comitê Municipal de Estudos e Prevenção das Mortes Maternas, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O comitê foi criado há 13 anos e reúne hospitais, faculdades de Medicina, entidades representativas de profissionais da área da saúde e outras instituições da sociedade civil organizada.

Em 1996, quando os óbitos maternos começaram a ser analisados, 120,7 mulheres morriam a cada 100 mil nascidos vivos. De acordo com dados preliminares, no ano passado a razão foi de 43,39 óbitos para cada grupo de 100 mil nascidos vivos.

Segundo a coordenadora do Comitê, Soraia Schmidt, diminuíram as causas diretas, ou sejam, os óbitos decorrentes de doenças relacionadas diretamente à gestação. “Isso é reflexo da melhoria da assistência obstétrica e do pré-natal em Porto Alegre. Quando é constatada alguma alteração, como a hipertensão gestacional, por exemplo, a gestante é encaminhada para o hospital de referência para acompanhamento da gravidez, que torna-se de risco”, explica Soraia. Iniciativas como a telemedicina, que possibilita às gestantes a realização de ultrassonografias no próprio posto de saúde, qualificam o pré-natal.

As principais causas de mortalidade são doenças clínicas pré-existentes, como doenças respiratórias e AIDS.  “As mulheres estão engravidando com fatores de risco. As doenças clínicas, que têm levado ao óbito, são preveníveis e controláveis. As mulheres precisam ter consciência de que, tendo alguma doença, é preciso tratá-la antes de engravidar. Por isso, a prefeitura está investindo no trabalho de planejamento familiar”, afirma Soraia.