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Estudo indica baixo uso de tomografia em atendimentos de AVC no SUS
 
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12/01/2012

Estudo indica baixo uso de tomografia em atendimentos de AVC no SUS

O exame foi efetuado em apenas 28,6% dos atendimentos e, nos casos em que não foi este realizado, em 59,6% das vezes o estabelecimento dispunham de tomógrafo

Com base no fato de que a tomografia computadorizada é considerada o principal método de diagnóstico de acidente vascular cerebral agudo (AVC), pesquisadores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) avaliaram a realização desse exame no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de medir a qualidade do cuidado hospitalar prestado a pacientes atendidos com o problema. Para o estudo, foram analisadas 16.879 internações no período de um ano e sete meses. Os resultados, publicados na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram que o exame foi efetuado em apenas 28,6% dos atendimentos e, nos casos em que não foi este realizado, em 59,6% das vezes o estabelecimento dispunham de tomógrafo.

“Para que o cuidado ao AVC seja efetivo, é necessário um conjunto mínimo de tecnologias disponíveis no tempo correto, com a realização da tomografia computadorizada idealmente dentro de até quatro horas e meia após o início dos sintomas”, explicam os pesquisadores no artigo. “Os achados levantam a preocupação quanto à urgência na adoção de medidas preventivas face aos fatores de risco modificáveis e à revisão de protocolos e ações educativas voltados para o diagnóstico correto da doença”.

A pesquisa apontou uma idade média de 64,7 anos para os pacientes internados, na maioria homens (53%). Além disso, o percentual de óbitos foi de 34,3% para o período de internação de sete dias, sendo que os óbitos ocorridos nessa primeira semana contabilizaram 85,2% do total. “A taxa de mortalidade hospitalar bruta foi de 15,5% no grupo que realizou a tomografia computadorizada em contraste com a taxa de 41,8% entre os que não realizaram o exame”, comentam os estudiosos.

Os dados também indicaram que em somente 19,1% das internações houve registro de comorbidades, em 6% houve necessidade de uso da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e em 88,3% o tipo de admissão foi emergencial. Quanto ao tempo de permanência no hospital, a maior parte dos casos (34,8%) se concentrou na faixa entre três e quatro dias.

A pesquisa ainda destacou que a Região Nordeste do Brasil apresentou a maior porcentagem de exames de tomografia computadorizada não realizados (85,3% dos casos) em ambientes com os aparelhos disponíveis. O segundo maior percentual ficou com a Região Sudeste (66,1%). “A Região Sul teve menor percentual de exames não realizados em estabelecimentos com tomógrafo disponível, mesmo assim, 41,9% das internações por AVC foram atendidas e não fizeram o exame”, afirmam os pesquisadores.

 


Autor: Renata Moehlecke
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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