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Pesquisa revela as alterações do sistema imune em idosos
 
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12/01/2012

Pesquisa revela as alterações do sistema imune em idosos

Desvendar como o sistema imune se altera ao longo do envelhecimento, entender os fatores que aceleram esse processo e promover estratégias em busca de uma melhor qualidade de vida. Esses são os objetivos do grupo de pesquisa em Imunologia do Estresse e Imunossenescência

Desvendar como o sistema imune se altera ao longo do envelhecimento, entender os fatores que aceleram esse processo e promover estratégias em busca de uma melhor qualidade de vida. Esses são os objetivos do grupo de pesquisa em Imunologia do Estresse e Imunossenescência, do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUCRS (IPB), único da América Latina a desenvolver estudos com seres humanos. A linha de pesquisa levou à inauguração do Laboratório de Imunologia do Envelhecimento em 2011, localizado no IPB, no Hospital São Lucas (avenida Ipiranga, 6690 - Porto Alegre).

O grupo está realizando um grande estudo com idosos atendidos pelo SUS em Porto Alegre. Uma triagem em postos de saúde da Capital, em parceria com o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, identifica pacientes com perfil de risco imunológico. Dados da literatura médica indicam que entre 15% e 20% das pessoas da terceira idade (superior a 60 anos no Brasil) têm alterações nos linfócitos que estão associados com mais doenças e morte precoce.

No total, a pesquisa deve envolver até mil participantes, que passam por coletas de sangue, avaliação psiquiátrica, neurológica nutricional e bioquímica em um estudo multidisciplinar. A intenção é vacinar os pacientes contra o vírus da gripe em 2012 e acompanhá-los, durante dois anos, investigando a resposta imune para a vacina em idosos com e sem perfil de risco imunológico.

Os resultados devem ser aplicados em ações pelo SUS e em políticas públicas. "Queremos ver o quanto as alterações emocionais e cognitivas levam a esse traço vulnerável imunológico", explica Moisés Bauer, coordenador do Laboratório de Imunologia do Envelhecimento e professor da Faculdade de Biociências da PUCRS. "A hipótese é de que idosos com perfil de risco imunológico respondem fracamente à vacina para gripe e apresentam uma reatividade maior para citomegalovírus, que pode ser um fator importante para acelerar o envelhecimento do sistema imune", completa.

No laboratório, os pesquisadores buscam compreender como os hormônios se alteram e aceleram o envelhecimento. As pesquisas com humanos consistem em entrevistas sobre o estado emocional, dosagens hormonais por meio de coleta de saliva e sangue e análise imunológica no sangue. A equipe multidisciplinar conta com psicólogos, neurologistas, psiquiatras e nutricionistas. Entre os profissionais estão o professor da Faculdade de Medicina, Vinicius Duval da Silva, membro do laboratório, o professor da Faculdade de Psicologia, Rodrigo Grassi de Oliveira, e a professora da Faculdade de Biociências, Cristina Bonorino.

A primeira pesquisa, em 2002, mostrou como fatores emocionais do tipo estresse, depressão e ansiedade podem acelerar o envelhecimento. As análises revelaram que idosos saudáveis são mais estressados que jovens adultos de 20 a 40 anos, e apresentam níveis mais altos de hormônios de estresse (cortisol), que contribuem para um envelhecimento imunológico mais acelerado.

Outro estudo analisou em 2006 idosos saudáveis que cuidam de pacientes com Alzheimer, na maioria das vezes, cônjuges. Os resultados mostraram que pessoas com o estado de saúde muito bem preservado enfrentam melhor situações de estresse e apresentam menos alterações hormonais e imunológicas.

Em 2010, uma pesquisa mostrou que o efeito de relaxamento produzido pela acupuntura retardou o processo de envelhecimento em idosos saudáveis. "Houve alterações biológicas e psicológicas, com respostas imunes tão boas quanto a de um jovem", completa Bauer.

Conhecer as variáveis do processo de envelhecimento é fundamental para promover estratégias, prevenir ou retardar doenças que surgem com a idade. "Acupuntura, relaxamento, exercício moderado, bem-estar emocional, inserção social e atividades como ioga trazem benefícios para a imunidade", finaliza Bauer.

Moisés Bauer e equipe: "Acupuntura, relaxamento, bem-estar emocional, inserção social e ioga beneficiam a imunidade".

Foto: PUCRS Informação

 


Autor: Assessoria de Comunicação Social - ASCOM
Fonte: PUCRS

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