O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) comemora 58 anos nesta terça-feira, 24, com obras no prédio para melhorar as instalações e atendimento aos pacientes. A reforma e modernização do quadro de força foi uma das obras prioritárias da direção para a instituição. O setor precisava urgente de reforma em função da área física estar inadequada. Está em execução também reformas para modernização, segurança  e reformas com o objetivo de qualificar o atendimento, além de reformas das fachadas das áreas hospitalares do bloco A. Serão investido nas reformas mais de R$ 5,8 milhões. As obras devem terminar durante o mês de janeiro. O Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai), que presta atendimento mental continuado a crianças, adolescentes e adultos vítimas de violência, também será reformado. O propósito é qualificar o atendimento às vítimas de violência com espaços mais adequados. Em 2011, o Crai acolheu 1.500 crianças e jovens.

Com 126 leitos, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas prestou de janeiro até dezembro, 101.271 atendimentos, numa média de 277 por dia. Nas quatro diferentes especialidades médicas, ginecologia, obstetrícia, psiquiatria e pediatria, os recursos humanos envolvem enfermeiros, psiquiatras, psicólogos, pediatras, obstetras, ginecologista, auxiliares e técnicos de enfermagem, administrativos, e auxiliares de manutenção.

Histórico - O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) foi inaugurado em 24 de janeiro de 1953, porém, em 1947, uma equipe de seis médicos liderados pelo Dr. Antonio Saint-Pastous constituiu uma sociedade para montar um ambulatório num casarão da Avenida Independência, para atendimento de pacientes privados. O sucesso da sociedade e a idéia de construir um hospital contribuiu para a edificação do primeiro prédio do então Hospital do Médico, atualmente conhecido como Bloco A do HMIPV.

No entanto, a dificuldade em equipar o Hospital levou os médicos associados a venda ao IAPETC (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas), que tomou posse em abril de 1950. Após os trabalhos de reformas e incorporação de novos equipamentos, foi transformado em Hospital Geral, em 1953. Dez anos mais tarde, quando foram unificados os Institutos de Aposentadorias e Pensões nascia o INPS, que passou então a gerenciar o Hospital.

Nesta época, a demanda na área materno-infantil representava 70% do contingente segurado da Previdência Social, levando o INPS a elaborar alternativas para resolver este problema. É neste contexto que, em 2 de janeiro de 1978, ocorre a transformação de Hospital Geral em Hospital Materno-Infantil. No início dos anos 80, o HMIPV tornou-se referência regional no atendimento às gestantes de alto risco, desfrutando de posição privilegiada no ranking dos hospitais administrados pelo INAMPS.

Em 1991, cedido ao Ministério da Educação e Cultura, o Hospital foi administrado pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, o que ocorreu até 1995. No 2º semestre daquele ano, foi assinado o Convênio de co-gestão entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde e o HMIPV.

No final de 1999, iniciaram-se as discussões em defesa da municipalização e da manutenção do caráter público do HMIPV, contando com a mobilização política e sindical das representações na área da saúde. Em março de 2000, foi designada uma Comissão Técnica para subsidiar a discussão sobre a estadualização ou a municipalização do Hospital. Através de convênio, assinado em 24 de agosto de 2000 entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Porto Alegre, o HMIPV passou para a gestão da Secretaria Municipal de Saúde.