.
 
 
Células-tronco tratam a epilepsia
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


01/06/2009

Células-tronco tratam a epilepsia

Técnica beneficia pessoas que não respondem a medicamentos, cerca de 30% dos casos

A injeção de células-tronco adultas (dos próprios pacientes) para tratamento de epilepsia do lobo temporal muda a vida de sete pessoas incluídas numa pesquisa desenvolvida pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (Inscer), ligado à PUCRS, e liderada pelo neurologista Jaderson Costa da Costa, também professor da Faculdade de Medicina.

Elas relatam diminuição no número de crises convulsivas ou cessação dos episódios. Neste ano serão incluídos no estudo mais 13 pacientes. Passarão por seis meses de acompanhamento com realização de ressonância magnética e eletroencefalograma. O procedimento tem se mostrado seguro, não apresentando nenhum efeito adverso. Os pacientes serão acompanhados durante um ano para que se verifique se os benefícios se mantêm.

Todos sofrem de epilepsia refratária (não responde a medicamentos), que representa de 20% a 30% de todos os casos da doença. Alternativa nessa situação, a cirurgia não está indicada a todos porque há áreas do cérebro que não podem ser removidas sob o risco de comprometer funções importantes. Também se trata de uma intervenção invasiva, com riscos. “Buscávamos uma técnica que pudesse controlar as crises e corrigir déficits que ocorram em função da lesão ou do foco epiléptico”, explica Costa da Costa.
 
Os adultos participantes da pesquisa apresentam alterações chamadas de esclerose hipocampal (perda neuronal do hipocampo sem causa conhecida).
 
Ao longo do tempo há atrofia das estruturas cerebrais e déficits de memória. Injetadas via cateter na artéria femural, as células-tronco são colocadas no vaso que irriga a parte do cérebro comprometida. O procedimento é feito pelo neurorradiologista intervencionista Eduardo Raupp.
 
Resultados em ratos e camundongos (estudos pré-clínicos desenvolvidos ao longo de cinco anos) mostram que, além do controle das convulsões, com as células-tronco houve restauração das estruturas cerebrais envolvidas na lesão. “Isso nos impressionou. Resta saber se pode acontecer em seres humanos”, diz Costa da Costa.
 
Em casos crônicos, 25% dos animais que receberam células-tronco tiveram crises com frequência e duração menores se comparados com o grupo de controle (sem o tratamento). Todos os desse grupo de controle sofreram convulsões. No estudo agudo (em que se provoca a lesão pouco antes de aplicar a técnica), nenhum animal tratado manifestou a doença e todos os demais passaram por crises.
 
 
Matérias relacionadas publicadas pelo SIS.Saúde
 

 


Autor: Redação
Fonte: Revista PUC-RS Informação

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581