A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo faz um alerta aos pais para os cuidados a ocorrência de otite (inflamação do ouvido) em crianças durante o período de férias e calor.
De acordo com levantamento feito pelo hospital estadual Cândido Fontoura, cerca de 500 casos de criança com otite foram atendidos no setor de pronto-atendimento entre os meses de janeiro e março de 2011.
O contato com as águas do mar e de piscinas favorece a ocorrência da doença. Em 2011, do total de 110 mil atendimentos no PA do Cândido Fontoura, 3% foram em razão dessas inflamações.
A otite média aguda é uma doença causada por vírus e bactérias e pode ocorrer em qualquer idade, mas a prevalência é maior nas crianças, principalmente entre os seis e 36 meses de idade, com pico também entre quatro e sete anos. Crianças menores de cinco anos podem chegar a ter 14 episódios de otite por ano, consequentes das infecções das vias aéreas superiores.
A pediatra Aya Lucia Petri destaca que para as crianças se protegeram da doença ao ficarem na água é preciso usar protetor auriculares antes de brincar em praias e piscinas. Os pais também devem ficar atentos na higienização nasal e do ouvido dos filhos durante o banho.
Os sintomas causados pela otite são geralmente dor de ouvido muito forte, diminuição da audição, febre, falta de apetite e secreção local. A otite, se não tratada devidamente, pode levar a infecções generalizadas e até mesmo a perda da audição.
O diagnóstico é feito com base no levantamento dos sintomas e no exame do ouvido com aparelhos específicos como o otoscópio.
As vacinas contra o Haemophilus influenza e o Streptococcus pneumoniae protegem as crianças de uma série de infecções menores, entre elas a otite. As duas são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para faixas etárias definidas pelo Ministério da Saúde.
Para prevenir o aparecimento da doença, evite aglomerações, faça higiene nasal com frequência e use protetor auricular quando estiver em contato com a água do mar e de piscinas.