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Teste rápido produzido na Fiocruz é testado pelo MS
 
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02/06/2009

Teste rápido produzido na Fiocruz é testado pelo MS

Kit rápido para diagnóstico da leishmaniose em cães

O teste que atualmente leva quatro dias para ficar pronto passará a ter resultado na hora com o novo kit rápido para diagnóstico da leishmaniose em cães. O produto desenvolvido por Biomanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de vacinas e kits para diagnóstico, está sendo aplicado em escala piloto desde setembro em Campo Grande, para ensaios de operacionalidade em campo e na rotina laboratorial. A previsão é que os testes em campo com o teste rápido – chamado DPP leishmaniose visceral canina – sejam concluídos ainda no primeiro semestre de 2009.

 O teste pode ser realizado em regiões remotas, onde não há condições de implantação de um laboratório, beneficiando populações que não poderiam contar com outros métodos de diagnóstico  
O teste pode ser realizado em regiões remotas, onde não há condições de implantação de um laboratório, beneficiando populações que não poderiam contar com outros métodos de diagnóstico

O diagnóstico da leishmaniose canina é fundamental para o controle da doença, já que o ciclo de vida do parasita causador da leishmaniose humana envolve necessariamente o cão como seu reservatório. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença acumulou, nos últimos dez anos, cerca de 400 mil casos no país. São cerca de 500 mil novos casos por ano em todo o mundo.

São muitas vantagens em relação aos métodos de diagnóstico usados atualmente: o teste rápido é mais preciso, a interpretação dos dados é mais simples e a sensibilidade é maior em relação aos testes convencionais (dez a 50 vezes maior que o ensaio de cromatografia de fluxo lateral, por exemplo). Além disso, o teste é específico para leishmaniose e é compatível com diferentes tipos de fluidos biológicos: sangue, soro ou plasma. E basta apenas uma gota de sangue do animal para um diagnóstico eficaz no próprio local da coleta.

O sistema é baseado nos testes rápidos de HIV, também desenvolvidos pela Fiocruz. Neste caso, o teste foi desenvolvido pela empresa Chembio e, após a assinatura do contrato de transferência de tecnologia no ano passado, Biomanguinhos iniciou a avaliação interna e externa do produto, solicitando ajustes para melhor adequação à realidade brasileira.

Testes junto aos profissionais que usarão o kit no dia-a-dia

Três técnicos de Biomanguinhos acompanham de perto a aplicação em escala piloto do novo teste. A cidade de Campo Grande foi escolhida para ser o ponto de partida do projeto devido à excelência do seu Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que é modelo em todo o Brasil e tem ampla experiência no combate a leishmanioses.

"Nós apresentamos o kit aos usuários e treinamos os operadores que irão manusear o teste. Nosso objetivo é avaliar sua operacionalidade em campo e na rotina laboratorial. Este trabalho nos permitiu realizar pequenos ajustes e adequá-lo melhor às necessidades da rede brasileira", informa Pedro Paulo Ribeiro, gerente dos Projetos de Transferência de Tecnologia de Testes Rápidos de Biomanguinhos, que acompanha o projeto com André Totino, farmacêutico do Departamento de Relações com o Mercado, e Edmilson da Silva, do Laboratório de Desenvolvimento de Reativos para Diagnóstico.

Na etapa atual, o diagnóstico é obtido em cinco minutos. Nos casos positivos, é feita coleta de sangue logo após a testagem pelo kit rápido, para teste de contraprova em laboratório. O estudo se estenderá por mais localidades, em diversas regiões do país.

Aplicação fácil

O funcionamento do teste é simples: colhe-se uma gota de sangue do animal e o material é colocado em um pequeno dispositivo (com cerca de 10x10 cm). Um reagente é colocado em um recipiente do mesmo kit e, então, uma reação química aponta se o animal está ou não infectado.

O teste pode ser realizado em regiões remotas, onde não há condições de implantação de um laboratório, beneficiando populações que não poderiam contar com outros métodos de diagnóstico. "A possibilidade de dispormos de conjuntos de diagnóstico como o DPP leishmaniose visceral canina - que permitem conjugar características como a redução de custo, o tempo de reação e contribuir para melhoria de ações operacionais de campo - constitui importante instrumento para o aprimoramento do diagnóstico laboratorial da leishmaniose visceral no Brasil", completa Ribeiro. Ele ainda enfatiza que a disponibilidade de um núcleo de profissionais de excelência em desenvolvimento de produtos permitirá aliar nacionalização e tecnologia, o que possibilita uma redução de custos diretos e indiretos com economia de divisas em consonância com a estratégia de biotecnologia do governo federal.


Autor: Elis Galvão
Fonte: Fiocruz

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