Dois novos e modernos equipamentos para diagnóstico por imagem estão à disposição de médicos e pacientes do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), na Tijuca, Rio de Janeiro. O mamógrafo digital e o ultrassom móvel vão garantir maior precisão nas avaliações dos profissionais de saúde da instituição e mais conforto a quem precisar se submeter a tais procedimentos.
O mamógrafo com tecnologia digital passou a ser usado pelo hospital em janeiro deste ano. Ele reduz a dor e o desconforto causados pela compressão da mama durante a mamografia, queixas comuns entre as pacientes. “Com mais qualidade na imagem, minimizamos a necessidade de contração do músculo durante o procedimento. Além disso, seu design flexível facilita o acesso a pacientes cadeirantes, a aquisição da imagem é rápida e os monitores têm alta resolução”, destaca a médica e gerente de Diagnóstico e Tratamento do HSVP, Denise Kineippe.
Outro ponto positivo é que a maior qualidade da imagem do mamógrafo digital diminui a necessidade de outros exames posteriores. De acordo com Kineippe, a mamografia digital é o único método, cientificamente comprovado, de diagnóstico precoce do câncer de mama (quando ainda não há sinais ou sintomas da doença). “O equipamento ressalta determinadas áreas da mama para um melhor detalhamento da imagem, tornando o diagnóstico mais preciso. Podemos ainda ampliar ou reduzir a imagem, entre outros recursos, o que propicia uma melhor visualização por parte do médico”, explica.
Segundo Natália Mantuano, física de radioproteção do Setor de Radiologia do HSVP, o mamógrafo digital pode ser especialmente vantajoso para mulheres com seios mais densos ou com prótese de silicone. Isso porque a presença de implantes mamários diminui a sensibilidade da mamografia convencional, fazendo com que possíveis lesões só sejam descobertas tardiamente. “A imagem digital proporciona melhor visibilidade da mama, particularmente em locais de acesso mais difícil, como a área próxima à parede do tórax, o que nos permite ver além do tecido mamário mais denso ou de uma prótese”, esclarece.
Ultrassom móvel
Os avanços tecnológicos do HSVP incluíram também a aquisição, há seis meses, da versão 7 do ultrassom móvel Vivid I. O equipamento é considerado completo e tem sido útil em diferentes setores do hospital. Atualmente, ele é usado, em média, em 15 exames por dia, apesar de ter capacidade para mais. Do tamanho de um laptop, o aparelho pode ser transportado mais facilmente, como uma maleta.
“Na maioria das vezes, nos hospitais, o ultrassom convencional é empurrado em um carrinho, o que danifica o equipamento e diminui sua vida útil. O aparelho portátil facilita tanto para o paciente, que faz o exame no próprio leito, quanto para o médico, que não precisa transportar o aparelho convencional”, observa Denise Kineippe.
Para a diretora médica do HSVP, Eliane Castelo Branco, os novos equipamentos têm como principal objetivo elevar a qualidade dos serviços oferecidos pela instituição. “Em termos práticos, o que muda para médicos e pacientes com o uso desses novos aparelhos é que eles melhoram a qualidade dos exames, uma vez que diminuem as chances de erro e, consequentemente, melhoram o diagnóstico”, salienta.
O HSVP também está em processo de aquisição de um equipamento para a realização de core biópsias, procedimentos complementares aos exames fornecidos pelo mamógrafo digital. Trata-se de uma pistola, que é introduzida na mama da paciente e colhe o tecido do nódulo, que é diretamente encaminhado para biópsia. “Com a imagem digital, é muito mais fácil ver o nódulo e, havendo qualquer suspeita, é possível pinçá-lo. Este método é muito mais prático, uma vez que o paciente não precisa ir para o centro cirúrgico. No próprio procedimento o material já é colhido”, detalha Denise Kineippe.
Atualmente, o Setor de Diagnóstico por Imagem do HSVP oferece, além da mamografia digital e da ultrassonografia, os seguintes exames: radiologia telecomandada, radiologia geral, ressonância magnética e tomografia computadorizada.
