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Violência não pode ser combatida somente pela Segurança, diz Osmar Terra
 
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03/06/2009

Violência não pode ser combatida somente pela Segurança, diz Osmar Terra

É também preciso entender a mente humana e as raízes que levam à violência

“A violência não pode ser combatida somente pela Segurança Pública, é também preciso entender a mente humana e as raízes que levam à violência”. Com esta frase o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, abriu palestra na manhã desta quarta–feira (03), no Auditório do prédio da Secretaria da Segurança Pública, ocasião na qual foi recepcionado pelo secretário Edson Goularte, integrantes do Gabinete de Gestão Integrada e um público estimado em mais de 120 pessoas.

Há mais de uma década estudando os comportamentos violentos, de forma individual ou em grupos de produção de conhecimento, Terra destacou que pobreza não é sinônimo de violência, mas que a violência tende a acontecer em espaços familiares e coletivos onde a carência de recursos e a agressividade contra crianças e adolescentes ocorre de forma gradativa e continuada, gerando, por conseqüência, indivíduos propensos a comportamentos anti-sociais. Assinalou que se a massa carcerária gaúcha fosse alvo de estudo científico, os levantamentos indicariam que os 27 mil detentos pertenceriam a um grupo restrito entre 10 mil e 12 mil famílias.

A violência, segundo Osmar Terra, também pode ser entendida pela carga de estímulos elétricos, transmissões químicas e quantificação de níveis de cerotonina e dopamina no organismo. Explicou que pessoas com índiceselevados de cerotonina são propensas ao desânimo e ao suicídio. Em contrapartida, níveis elevados de dopamina estimulam o sistema compensatório do cérebro, que aje para dar prazer ao organismo, elevando a auto-estima ou desafiando o corpo a geração de adrenalina, como na prática de esportes radicais. Conforme o titular da Saúde estadual, na busca das sensações de prazer o ser humano se coloca em risco, ficando propenso aos comportamentos destrutivos, como no caso de uso de drogas.

Disse ainda que o ser humano, por genética e instinto de sobrevivência, tem a propensão à agressividade e a convivência em grupos e que essa capacidade do coletivo incide como fator de reação e inibição à violência. Quem não consegue viver em grupo, resumiu, acaba sendo alijado dos processos sociais. Listou que os transtornos mentais estão diretamente conectados ao uso e abuso do álcool, drogas ilícitas e o crack, mas também correlacionados à depressão, déficit de atenção e hiperatividade e aos transtornos opositores e de conduta, caminho inicial na construção de indivíduos agressivos e com propensão à violência. Como base para as Raízes da Violência, titulo de sua palestra, Terra destacou a definição do psiquiatra norte-americano Allan Shore, que sustenta que “a formação inicial dos sistemas vivos estabelece os condicionamentos para o funcionamento de cada aspecto do organismo, seja internou ou externo, e através de toda a vida”.

A letalidade do crack

Abordando o crack como droga letal e praticamente sem volta para o usuário, pontuou que seu efeito pode ser sentido em apenas dez segundos, mais rápido do que as drogas injetáveis. “A longo prazo teremos uma diminuição até nos casos de AIDS, argumentou, pois usuários de drogas injetáveis começam a buscar o crack”. Osmar Terra enfatizou ainda o valor agregado da “pedra”, ressaltando que a disseminação da droga gerou um micro-empreendedorismo entre traficantes ou mesmo usuários. “A repressão é complexa e mesmo com a presença física da polícia o usuário não tem medo de fazer o uso, vira obsessão”, frisou. Observou que 4% da população norte-americana, ou cerca de 8 milhões de pessoas a partir dos 12 anos, já foi atingida pelo crack.

Em seus estudos do problema, Terra disse acreditar que o crack esteja presente em pelo menos 30% dos homicídios. Lembrou que no Rio Grande do Sul, em 1997, não havia registro de casos de crack, mas que na atualidade cerca de 55 mil pessoas já foram atingidas. Como alternativas de combate ao problema, enumerou a extensão do Programa de Saúde da Família e ações integradas em políticas de prevenção e repreensão por parte da Saúde e da Segurança nos locais de maior vulnerabilidade.


Autor: Assessoria de Comunicação Social
Fonte: Secretaria de Saúde - RS

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