É conhecida a discrepância que há entre ciência e inovação no Brasil. Nossa produção acadêmica é boa, mas o conhecimento gerado nas universidades não se traduz em patentes. Quais as razões por trás disso? O que fazer para reverter esse quadro? O Estúdio CH desta semana discute essas questões com o bioquímico Aurélio Vicente Graça Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em entrevista a Mariana Ferraz, Souza enumera alguns fatores por trás dos baixos índices de inovação verificados no país. Em sua análise, a interação bastante tímida entre a academia e o setor empresarial e a falta de empresários dispostos a investir capital de risco no ambiente científico são aspectos determinantes para se entender o fenômeno.
Souza aponta alguns aspectos que, segundo ele, ajudariam a estabelecer um ambiente propício para um diálogo efetivo entre as esferas acadêmica e empresarial. Ele vê na criação de incubadoras de empresas na estrutura universitária uma medida eficiente para começar a promover esse diálogo.
O bioquímico relata ainda os desafios com os quais ele próprio tem se deparado ao ingressar recentemente no ambiente empresarial. Em usa avaliação, os cientistas brasileiros tendem a ver com receio a aproximação com o setor produtivo, enquanto a proximidade com essa esfera é vista positivamente em outros países.
Souza lança, por fim, um desafio para nossos cientistas: “Está na hora de pegar o conhecimento gerado ao longo de décadas e transformá-lo em algo que gere recursos para o nosso país”.
Para ouvir a íntegra da entrevista de Aurélio Vicente Graça Souza, siga as instruções do quadro abaixo.
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