.
 
 
Estudo clarifica o risco para a depressão
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


03/06/2009

Estudo clarifica o risco para a depressão

Estado mental dos pais altera os resultados do tratamento para adolescentes

Adolescentes cujos pais apresentam uma história de depressão possuem um risco particularmente alto de tornarem-se deprimidos. Agora, um estudo clínico verificou que um programa grupal, com pressupostos cognitivo-comportamentais, que ensina habilidades de compreender e de resolver problemas a tais adolescentes de alto risco, pode contribuir para a melhora do quadro.

Mas, o estudo também verificou que a taxa de sucesso do programa de prevenção variou, dependendo significativamente do estado de saúde mental dos pais dos adolescentes no momento em que eles iniciaram a intervenção. O programa apresentou-se muito mais efetivo que os cuidado padrões, principalmente se os pais não estivessem deprimidos quando do início da intervenção.

O estudo foi publicado recentemente na revista científica American Medical Association.

“Esses resultados nos surpreenderam?” disse Judy Garber, professor de psicologia e desenvolvimento humano da Universidade de Vanderbilt. “Há evidência na literatura que as crianças não respondem bem ao tratamento se um dos pais estiver deprimido”.

John Weisz, professor de psicologia da Universidade de Harvard, que não participou do estudo, disse que os resultados poderão ajudar a identificar os melhores candidatos para um programa de prevenção.

Ele comentou que podem existir várias razões para que o tratamento seja menos efetivo quando um pai está deprimido. “Pode ser que o risco biológico para a depressão se apresente maior nesses adolescentes – que os adolescentes cujos pais estiveram um dia deprimido e não estão mais".

Outra possibilidade é que residindo em uma casa, com ao menos um dos pais deprimido, torna-se mais difícil o desenvolvimento saudável da criança. Ele acrescentou uma terceira possibilidade, na qual os adolescentes modelam (copiam) o comportamento de seus pais.

O estudo utilizou uma abordagem clínica de grupo controle, randomizada e administrada em quatro cidades: Nashville, Boston, Pittsburgh e Portland, no estado do Oregon, Estados Unidos. Incluiu 316 adolescentes entre as idades de 13 a 17 anos. Todos possuíam pais que estiveram ou estavam deprimidos ao longo da vida do jovem.

Os adolescentes foram selecionados aleatoriamente para o programa de prevenção, que consistiu em oito sessões de grupo, num total de 90 minutos semanais, seguidos de seis sessões mensais. O grupo controle submeteu-se aos cuidados habituais, de modo distinto a metodologia cognitivo-comportamental em avaliação nesse estudo.

Enquanto quase um terço dos adolescentes que recebeu os cuidados habituais desenvolveu depressão durante o período do estudo, apenas 21% dos adolescentes que participaram do programa de prevenção apresentaram depressão.

Contudo, entre os adolescentes cujos pais não estavam deprimidos quando a intervenção começou, o impacto do programa foi mais dramático. Revelaram-se com depressão apenas 11,7% desses adolescentes, comparados com 40,5% dos adolescentes com pais saudáveis que receberam tratamentos habituais.

Entre adolescentes cujos pais sofreram depressão ativamente, o programa de prevenção revelou-se menos efetivo, com 31,2% apresentando depressão, comparados com 24,3% dos que receberam os cuidados habituais. Essa diferença não foi estatisticamente significante.

Tradução: Equipe SIS.Saúde

 

Matérias relacionadas publicadas no SIS.Saúde

O que é a depressão?
Conheça mais sobre esse transtorno


 

Mães diabéticas apresentam maior risco de depressão
Estudo coordenado pela Harvard Medical School e Harvard Pilgrim Health Care


 

Depressão na terceira idade
Patologia com alta prevalência e um dos principais problemas nessa faixa etária

 


 

 

Terapias Cognitivo-comportamentais. Como nossos comportamentos são formados?
Confira a entrevista com a psicóloga Ângela Leggerini de Figueiredo, em exclusividade ao SIS.Saúde


 

Crianças e adolescentes também podem apresentar transtornos mentais
Conheça os sintomas mais comuns e saiba identificá-los

 


 

 

Estudo recente realizado por Lakhan e Vieira
Suplementação alimentar como recurso auxiliar nos transtornos mentais

 


 

 

Estudos sobre violência infantil e depressão levam à produção de livros
Livros da série e Saúde Mental Infanto-Juvenil voltados para profissionais que lidam com esse público


 


Autor: RONI RABIN
Fonte: The New York Times

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581